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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Nossos alunos já nasceram conectados!

No 3º People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação, serão apresentados trabalhos do Brasil todo sobre essa nova geração e como os educadores devem trabalhar com esse novo perfil!
Não Percam!! Ainda dá tempo de fazer a sua Inscrição

Esse congresso você não pode perder! 


Hoje em dia as crianças já nascem conectadas. Bebês que mal aprenderam a andar já sabem destravar smartphones.

Vivemos em constante evolução. Isso é um fato. É inerente a qualquer indivíduo identificar e assimilar mudanças que estão ao seu redor. É dessa forma que fomentamos a criatividade e criamos inovações para as dificuldades do dia a dia.
Devido à nossa constante sede de evoluir, ao longo do tempo a humanidade foi mudando conceitos, adaptando comportamentos e convergindo conhecimentos. Sendo assim, o ser humano foi criando formas de se aproximar cada vez mais de seus semelhantes e aperfeiçoou suas comunicações a ponto de não existirem mais distâncias que não pudessem ser vencidas.
Hoje em dia as crianças já nascem conectadas. Bebês que mal aprenderam a andar já sabem destravar smartphones. Meninos e meninas que ontem descobriram o bê-a-bá hoje já estão postando no Facebook e compartilhando fotos no Instagram.
Diante desse cenário, no qual cada dia uma distração diferente é criada, é inevitável o surgimento de um embate com o modelo de educação básica no Brasil, que há mais de meio século se mantém dentro das mesmas diretrizes, sem nenhuma evolução concreta.
Se há 60 anos já era um desafio manter a atenção e o interesse de alunos que não tinham em mãos ferramentas que os dispersassem, hoje em dia essa tarefa se tornou impossível, uma vez que a lousa e o giz competem com iPhones e Androids recheados de aplicativos e jogos extremamente atrativos.
O que é preciso entender é que a educação, hoje, precisa adquirir um novo formato, no qual a comunicação não seja mais unilateral, e sim uma conversa de mão dupla. O aluno precisa se engajar não somente com o professor, como também com seus colegas de classe.
A tecnologia pode e deve facilitar este trabalho, instigando a troca de informações e conhecimento, além de fornecer uma análise mais completa e precisa de cada estudante.
Dessa forma, o professor pode direcionar o conteúdo pedagógico de forma personalizada, acompanhando o aprendizado de cada aluno individualmente. É o conceito da cauda longa aplicada à docência. Ferramentas incríveis como a Khan Academy já aplicam esta ideia e seus usuários alcançam resultados expressivos e valiosos.
Acredito que a educação deveria iniciar um trabalho analítico e criativo para se adaptar a esses novos tempos, trazendo para as salas de aulas sistemas de ensino que se baseiam nas mesmas premissas dos jogos e das redes sociais, estimulando os alunos a interagirem entre si e buscar o aprendizado de forma natural, lúdica e intuitiva.
Conceitos simples como destravar badges a cada lição concluida e apostilas baseadas em gamificação podem colocar a criança e o adolescente dentro de um meio ao qual ele já está acostumado e criar um interesse maior, além de uma vontade de evoluir, subindo níveis de um jogo que favorece o aprendizado.
Obviamente, para que isso aconteça, esbarramos em barreiras burocráticas e estruturais. Para mudar o sistema atual, precisamos de um empenho político forte e da consciência de que um trabalho como esse merece uma atenção a longo prazo. São atitudes que trarão uma mudança profunda no sistema de ensino do país, mas que, a meu ver, serão muito benéficas.
Outro entrave é a desigualdade social e o escoamento de recursos públicos em nosso país que, infelizmente, proporciona cenas tristes como a de salas de aula que sequer possuem lousas e carteiras para seus alunos. Fica difícil acreditar que aparatos tecnológicos conseguirão chegar a locais como esses.
Diante de tantos desafios, é desanimador imaginar que tais mudanças um dia irão ocorrer. Entretanto, por mais difícil que isso possa parecer, um primeiro passo precisa ser dado. Não podemos postergar a evolução de ensino no Brasil.
Com o perdão do lugar comum, mas o futuro do nosso país depende de uma educação forte, eficiente e democrática, onde o aprendizado possa chegar tanto para o aluno de grandes cidades, com recursos como, também, para o ribeirinho que tem nessa ferramenta uma esperança para melhorar de condição. A educação é o maior agente de transformação de uma nação e, assim como o ser humano, ela tem de estar em constante evolução.
Vamos todos debater esse assunto tão importante para a Educação!.


Participe do 3 Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação!! Ele acontecerá no dia 05/12/2014 na Faculdade Rio Branco. Faça já sua inscrição



domingo, 26 de outubro de 2014

Colaboração e aprendizagem de línguas na Internet: o caso Livemocha

Esse artigo foi apresentado no II People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação.

Título: Colaboração e aprendizagem de línguas na Internet:  o caso Livemocha 

Autores: 
Alexandre Campos Silva 
Renato Kimura da Silva 

Esse congresso você não pode perder! 


RESUMO

Esse trabalho busca uma discussão a respeito de um modelo de aprendizado de línguas na internet. Analisamos a rede social Livemocha, e verificamos como o modelo de interação baseado na colaboração pode estruturar uma rede de ensino-aprendizado. O trabalho visa elucidar: - Os distintos papéis que os nós da rede social exercem; - Os modelos de colaboração possíveis, criados através da ideia de constante interação entre os alunos, com a correção de atividades e o conceito de aluno-professor; - Os incentivos e recompensas voltados ao engajamento social, que mantém e expande a rede.

PALAVRAS-CHAVE: Colaboração, E-learning, Idiomas

INTRODUÇÃO

No que diz respeito a aprendizado em ambientes virtuais, o Livemocha se destaca por um modelo fundamentado em rede social, onde o ensino-aprendizado ocorre através da interação. As aulas são pré-definidas e disponibilizadas aos alunos, que devem optar pelos idiomas a serem aprendidos. Os próprios alunos, nativos de uma língua, podem corrigir lições concluídas por outros alunos, que estão aprendendo esse idioma.

A respeito de interação, Primo [1] nos apresenta dois conceitos: interatividade reativa e interatividade mútua. A interatividade reativa é pré-moldada, caracterizada por uma “forte roteirização e programação fechada que prende a relação em estreitos corredores, onde as portas sempre levam a caminhos já determinados à priori.”. Sendo assim, a interatividade reativa é mais determinística. Já a interatividade mútua é mais flexível, mutável, através de um processo de constantes trocas, portanto imprevisível.

A particularidade da rede social Livemocha está no hibridismo entre os modelos de interação; há uma vertente das lições extremamente engessada, muito característica de um LMS (Learning Management System), porém a ideia de colaboração entre os alunos resgata a essência da interatividade mútua, adicionando personalidade e flexibilidade à rede.

A análise do caso Livemocha, objetiva entender as particularidades do uso da interatividade mútua no ensino de línguas à distância.

Justificativa
A popularização da utilização das redes sociais é um fenômeno mundial que atrai cada vez mais internautas no Brasil segundo o Ibope Nielsen Online [2]. Portais educacionais e diversos sites na Internet buscam integrar seus sites e blogs com o dinamismo das redes sociais em busca de satisfazer os desejos dos usuários que gastam cada vez mais tempo nas redes sociais no Brasil, e em vários países do mundo [3]. É interessante observar como a colaboração é um pilar fundamental para o funcionamento e sobrevivência de sites como Wikipedia entre outros. A Wikipedia é uma enciclopédia gratuita criada e que funciona num modelo colaborativo. Este modelo se espalhou por diversos sites na Internet [4].
O estudo de línguas também atrai cada vez mais pessoas no Brasil, e o site LiveMocha.com ganha destaque com um grande número de brasileiros. Uma das razões de atrair milhões de internautas é por oferecer um serviço gratuito baseado na colaboração e este foi o principal motivo que nos motivou a analisar mais a fundo este modelo de colaboração aplicado para o aprendizado de línguas.

LIVEMOCHA


Estatísticas

O Livemocha é uma grande comunidade de idiomas, com um total de 12 milhões de membros de 195 diferentes países [5]. A presença do portal é mais forte no Afeganistão, onde ocupa o 170° lugar no ranking nacional em visitação. Em seguida está o Cazaquistão (300°), Algéria (665°), Azerbaijão (1.010°), Egito (1.244°) e Colômbia (1.252°). O Brasil aparece em sétimo lugar, onde o site é o 1.314° mais acessado [6]. Apesar do acesso ao portal ser maior nos países islâmicos, é possível ver na Tabela 1 a distribuição de visitantes por país ao site livemocha.com. Baseado em uma média da Internet, o site é mais acessado do ambiente escolar, por usuários entre 18 e 24 anos, que não possuem filhos [6].
Em 2011, o grupo de brasileiros no portal representava 25% do total da base de clientes, o que correspondia a uma fatia de 2,2 milhões de usuários brasileiros [7].

Estrutura
No Livemocha os alunos podem se inscrever em aulas de diferentes idiomas. As aulas são desenvolvidas por unidade, sendo que uma mesma unidade contém diferentes tipos de lições. Cada lição pode ser do tipo:
A) Leitura – leitura e compreensão de textos, com exercícios de interpretação.
B) Escrita – pequenas redações de temas pré-definidos, afim com a temática da unidade.
C) Exercícios de expressão oral – compostos por trechos de gravações de textos, a serem lidos pelo próprio aluno.
As atividades são desenvolvidas dentro das unidades, sendo que para cada atividade é cobrado um valor determinado, ou um valor fechado mensal. Os cursos podem também ser desenvolvidos sem custos, através de um modelo de colaboração, tema desse texto. As correções das atividades ocorrem de duas formas:
1. Professores tutores, profissionais remunerados exclusivos para correção das atividades postadas pelos usuários – serviço cobrado;
2. Correção por outros usuários, nativos, fluentes ou conhecedores do idioma em questão – serviço gratuito.
Para o segundo caso, os alunos interagem colaborando com conhecimentos próprios em um determinando idioma. Assim, supondo que o usuário A queira aprender inglês e saiba japonês, e o usuário B queira aprender japonês e saiba português, o usuário A poderá cursar aulas de inglês mediante correção de atividades do usuário B em japonês, ou de colaboração com outros usuários que queiram aprender esse idioma. O mesmo ocorre com o usuário B, que poderá cursar as aulas de japonês gratuitamente, desde que contribua para que outros usuários aprendam português. A moeda de troca dessas interações é chamada de tokens.

É interessante observar como a rede se auto-organiza baseado no modelo de colaboração. Através das aulas préconcebidas, os próprios usuários compõe a rede social, colaborando para o aprendizado dos outros, e mantendo a rede em funcionamento. Essa ideia de colaboração é percebida no comentário coletado em entrevista dos autores a um usuário da rede [8]: “A forma como as pessoas interagem, deixa claro que será um esquema de troca, em que possoajudar uma pessoa e também ser ajudado! Assim posso "descobrir" com um nativo como se fala no dia a dia, como as expressões são usadas.”.

O sistema de recompensas mascara a mecânica de interação mútua. A dinâmica de realização das aulas e correção de atividade de outros estudantes é o que garante a manutenção da rede, e não o sistema de bonificação, que na verdade nada mais é do que o direito de participação.
Essa característica do Livemocha obedece ao princípio de exterioridade de Pierre Lévy. A rede não tem motor interno, “seu crescimento e sua diminuição, sua composição e sua recomposição permanente dependem de um exterior indeterminado: adição de novos elementos, conexões com outras redes, excitação de elementos terminais (captadores), etc.” [9]. A experiência do usuário com o idioma a ser ensinado é que mantém a rede em funcionamento.

Além dos tokens, que garantem a participação dos usuários, o Livemocha conta ainda com um sistema de pontuação, os chamados MochaPoints, concedidos através das atividades na rede social

ATIVIDADES DO ESTUDANTE
Lições Concluídas 8
Envios de atividades de escrita 5
Envios de atividades de expressão oral 22
Quizzes ou Ensaios Consideradas 0

ATIVIDADES DO PROFESSOR
Comentários escritos 42
Comentários em áudio 16
Primeiro a Revisar 2
Dicas Especiais Criadas 0
Traduções 0

OUTRAS ATIVIDADES
Conjuntos de Flashcard Criados 2
Bate-papos
Figura 1. Sistema de Recompensa Mochapoints
É possível conquistar pontos exercendo o papel de aluno ou de professor. O que delineia a quantidade de pontos em cada quadro é o perfil pessoal de cada aluno, que opta por participar de mais aulas ou corrigir mais lições. Todas as atividades na rede são pontuadas, e esses pontos garantem status ao aluno, o que acaba por classificá-lo como um participante ativo ou menos participativo.

Aspectos Comportamentais
A cada correção de atividade, o aluno recebe um comentário redigido pelo autor da correção – nativo na língua -, ou comentário em áudio para os casos de lições orais. Toda lição recebe uma pontuação que varia de 1 a 5 pontos, para as seguintes categorias:
A) Ortografia: erros de ortografia;
B) Proficiência: dificuldade de compreensão;
C) Gramática: erros de gramática.
Não existe critério para submissão de revisão, o que significa que um usuário pode submeter uma avaliação sem grande utilidade a determinada lição. O aluno que recebe esse tipo de feedback pode classificar a contribuição como ruim, o que influencia em um critério de utilidade do usuário que submete a revisão – dado em porcentagem.

Esse tipo de comportamento, que visa apenas à obtenção de pontos para o corretor, deturpa o conceito da rede, pois desqualifica o processo de interação-aprendizado. Aqui se aplica o conceito de fios topicais [10] “linhas de conversação em redes sociais que interligam um mesmo tópico de discussão, evoluindo a partir dessa interação”.

Mesmo que uma correção não seja positiva, o fato do sistema permitir correções de diferentes nativos/fluentes naquela língua cria uma linha de discussão de certa forma isolada em grau de contribuição, mas coletiva, dado que os usuários vêm o que de positivo já foi postado, para submeter sua própria revisão.
Outro fato interessante é notar como o status é relevante no digital. O Livemocha, por ser uma rede transmídia, além do portal Livemocha, possui um blog, um perfil no Facebook e uma conta no Twitter. As três redes se conversam, criando um canal de comunicação unificado, onde o que é postado no Facebook corrobora com as chamadas do Twitter, e o blog faz a linkagem fora de tópico – ainda que inserido no contexto do aprendizado de idiomas – do portal. Em um post no blog de novembro de 2011, intitulado “Como o Batman para o Aprendizado de Idiomas” [11], alguns usuários que colaboravam fortemente com a rede foram contatados pela mesma, com os seguintes objetivos (tradução dos autores):

A) Distribuir o senso de ajuda desses participantes entre todos os estudantes do Livemocha;
B) Reconhecer publicamente esses atores como os superstars que são, e recompensá-los com conteúdo premium;
C) Fazer com que os demais estudantes saibam que podem confiar nos feedbacks desses “super-heróis”.
Um desses colaboradores contatados postou em seu blog pessoal sua opinião sobre o fato:
“Esse parece um ótimo modo de lidar com o problema de correções de usuários - ou seja, a qualidade pode variar muito, e você nunca sabe realmente o que está recebendo. Então, basicamente, eu sou o Batman para o aprendizado de idiomas? Legal...” [11]


Além dos citados Mochapoints, o status digital é uma recompensa interessante. Parte do princípio de uma ecologia cognitiva. Na definição de Santaella a “diversidade e a mistura entre razão, sentimento, desejo, vontade, afeto e o impulso para a participação, estar junto, cuja força brota do simples fato de que é bom estar junto, ainda mais quando o compartilhamento, a reciprocidade e a cumplicidade não têm outro destino ou finalidade a não ser o puro, singelo e radical prazer de estar junto” [12].
Acima do título e status de super-herói da língua, a iniciativa do Livemocha sustenta a ideia de pertencer ao grupo, de diferenciação, mas também do engajamento e visibilidade de árdua participação. É o prazer de estar junto.
Outro aspecto interessante no Livemocha é a presença do recurso de chat. É possível se conectar por sessão deáudio a outro usuário que fala a língua que se pretende aprender. Muitos usuários demonstram especial apreço por essa forma de interação, menos engessada ao modelo tradicional de aprendizado formal, onde se tem um conteúdo para seguir.

CONCLUSÕES
O LiveMocha é uma estrutura diferencial de ensino-aprendizado de idiomas em meios digitais. Sua raiz está na interação, tanto reativa quanto mútua. O sucesso da rede está na combinação dos modelos, tendo como estrutura um roteiro reativo mais fixo, que o aluno segue para assimilar conceitos novos, e o adicional da interação mútua, representado pelos outros alunos nativos na língua a ser aprendida. Esse fator flutuante da participação e da colaboração parece ser o atrativo principal da rede, o que ocasiona o uso de artifícios sociais, como sistema de pontuação e encorajamento de correções concisas.

Apesar de a rede estar sujeita a alguns desvios de participação, como má contribuição e revisões, o problema é sanado quando se abre a uma mesma lição a possibilidade de várias interações, de diferentes usuários. Além disso, o sistema de classificação das revisões acaba por contribuir com correções mais precisas.

É interessante observar que a colaboração entre os usuários que desejam aprender idiomas é um aspecto que garante que os alunos /usuários possam continuar estudando o idioma sem ter de pagar pelo curso. Trata-se de um modelo gratuito financeiramente onde o investimento feito para aprender uma língua pode ser realizado dedicando tempo e esforço na correção de atividades de outros usuários.

Observamos que a troca de conhecimento entre os usuários, portanto, é um motor fundamental para que o Livemocha.com continue a existir e poder ajudar pessoas a aprenderem línguas pelo mundo. Este fenômeno de colaboração para aprendizagem gratuita na Internet é um modelo já existente na Internet como já foi visto, por exemplo, na enciclopédia Wikipedia.com. Outro aspecto importante, além da vontade de aprender a língua, é o desejo do usuário e o impulso para participação e o estar junto conforme a ecologia cognitiva de Santella [12]. Por fim, o fato dos usuários que mais participam das correções de atividades serem reconhecidos publicamente na rede social como muito participativo é também mais uma recompensa pela participação e pela longevidade desta ecologia cognitiva.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] PRIMO, A. (2001). Ferramentas de interação em ambientes educacionais mediados por computador. In A. PRIMO, Ferramentas de interação em ambientes educacionais mediados por computador.
 [2] Ibope Nielsen Online (2011). Total de pessoas com acesso à internet atinge 77,8 milhões. Disponível em < http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=C2A2CAE41B62E75E83257907000EC04F>. Acesso em 10/11/2011.
[3] NIELSEN (2010). Social Networks/Blogs Now Account for One in Every Four and a Half Minutes Online . Disponível em < http://blog.nielsen.com/nielsenwire/online_mobile/social-media-accounts-for-22-percentof- time-online/>. Acesso em 15/03/2011.
[4] TAPSCOTT, Don & WILLIAMS. Wikinomics: How Mass Collaboration Changes Everything. New York: Penguim Books, 2006.
[5] Livemocha (2012). About Livemocha. Disponível em <http://blog.livemocha.com/about/>. Acesso em 16/03/2012.
[6] Alexa (2012). Estatísticas LiveMocha. Disponível em <http://www.alexa.com/siteinfo/livemocha.com/>. Acesso em 15/03/2012.
[7] INFO (2011). Abril Educação compra parte do Livemocha. Disponível em <http://info.abril.com.br/noticias/mercado/abril-educacao-compra-parte-do-livemocha-05092011-10.shl>. Acesso em 05/03/2012.
[8] Aluno (2012). Depoimento de participante. Concedido em 10/03/2012.
[9] LÉVY, P.: As Tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
[10] McCLEARY, Leland E. (1996). Aspectos de uma modalidade de discurso mediado por computador. Tese de Doutorado em Lingüística, São Paulo, USP.
[11] Participante (2011). Livemocha to give away its premium content to contributing users. Disponível em <http://www.streetsmartlanguagelearning.com/2011/11/livemocha-to-give-away-its-premium.html?utm_source=blog>. Acesso em 08/03/2012.
[12] SANTAELLA, L: Redes sociais digitais: a cognição conectiva do Twitter / Lucia Santaella, Renata Lemos. – São Paulo: Paulus, 2010. – Coleção Comunicação.

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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Uso de Redes Sociais no Ensino Superior

Esse artigo foi apresentado no II People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação.

Título: Uso de Redes Sociais no Ensino Superior: Relato de uma Experiência de Utilização das Redes Sociais para aproximação do Jovem Universitário em uma IES Paulista

Autores: 
Silvio Carvalho Neto
Alba Valéria Penteado
Noemia Lopes Toledo

Esse congresso você não pode perder! 


RESUMO


Redes sociais na internet são sistemas de informação baseados no protocolo web compostos por um conjunto de pessoas ou organizações que se unem em torno de ideias e recursos com interesses e valores compartilhados. Elas têm se apresentado como uma real tendência para complemento do processo de ensino e aprendizagem, além de serem um meio fundamental para acompanhar a nova geração de estudantes e ampliar a comunicação entre instituição, docentes e discentes. O objetivo deste artigo é apresentar um relato sobre um caso de utilização de redes sociais online em uma instituição de ensino superior localizada no interior do Estado de São Paulo. Por meio de pesquisa exploratória, bibliográfica e por meio de entrevistas qualitativas informais, o texto apresenta uma descrição da experiência da IES na utilização das redes sociais, especialmente com vistas à aproximação da IES do jovem universitário. Também são apresentadas a definição de redes social web e uma breve discussão sobre sua importância para o processo educacional. Por fim são relatadas as ações e os resultados iniciais que a IES obteve com a utilização de redes sociais online.


PALAVRAS-CHAVE
Redes Sociais – Ensino Superior - IES




INTRODUÇÃO
As redes sociais disponibilizadas na web vêm sendo apontadas como uma tendência para complementar as ações empresariais, seja em qualquer campo de negócios. O campo educacional, que tem a informação como bem primordial, pode usufruir das redes sociais de diversas maneiras, seja no marketing, no campo de relacionamento com a comunidade, mas principalmente, no âmbito de processo de ensino e aprendizagem. Atualmente, possuir um perfil em uma rede social online se tornou uma importante atitude de busca e compartilhamento de informação, não só para as pessoas em geral, mas também para organizações. Por meio das redes sociais, as instituições podem acompanhar a nova geração de estudantes. Ampliar a comunicação e fazer parte do processo de mudança intercomunicacional devem ser objetivos primordiais para as instituições de ensino superior, que devem considerar as redes sociais não mais como uma tendência, mas sim, como uma convergência natural do processo de comunicação.

O propósito deste trabalho é o de apresentar um relato sobre um caso de utilização de redes sociais online em uma instituição de ensino superior localizada no interior do estado de São Paulo. Para tanto apresenta um descrição da recente experiência desta IES na utilização das redes sociais, especialmente com vistas à aproximação da IES do jovem universitário, que já utiliza amplamente este tipo de tecnologia fora dos limites da instituição. Procura-se ainda neste trabalho apresentar uma definição das redes sociais web e de sua importância para o processo educacional.

Acredita-se que este trabalho é importante, pois é relevante discutir as experiências dos diversos tipos de instituições em termos de utilização das redes sociais. A instituição em estudo é uma autarquia municipal, de caráter público, que não recebe auxílio financeiro da prefeitura e, portanto, cobra mensalidade do corpo discente. Com as amarras burocráticas de uma instituição pública, e a competição enérgica com o setor privado, a IES tem que, com poucos recursos, conhecer seu corpo discente para manter e fomentar a qualidade no processo educacional.



REDES SOCIAIS WEB
Uma das diversas definições de redes é a de um sistema de nódulos e ligações interligados e excluídos de fronteiras. Pela derivação do conceito, a rede social representa um conjunto de pessoas que unem ideias e recursos em torno de interesses e valores compartilhados [1]. No senso comum, uma rede social é uma estrutura composta por duas ou mais pessoas e/ou organizações que são ligadas em torno de propósitos comuns. As características principais das redes sociais envolvem a horizontalidade, a ausência de hierarquia, a descentralização, a autogeração de seu design e à sua abertura.

Ultimamente, o avanço dos sistemas de informação baseados na plataforma web (web based systems) fomentou o uso da internet em vários setores da economia. Tal avanço culminou no surgimento de redes sociais web (RCW), comumente denominadas de redes sociais online. As RCW são sistemas de informação que conectam pessoas e organizações em torno de comunidades online. Elas normalmente estão relacionadas às redes de relacionamento interpessoal, comunitárias, educacionais, profissionais, dentre outras. Este tipo de rede tem adquirido alta relevância na sociedade moderna, especialmente no tocante à comunicação interpessoal e pelo compartilhamento e disseminação de informações e conhecimento. 

O papel fundamental da RCW no cenário organizacional moderno se deve principalmente às ações realizadas por empresas e corporações para divulgar seus negócios, fidelizar e conquistar clientes. Em um primeiro momento de comunicação empresarial feita essencialmente por meio de blogs e páginas estáticas na internet, as redes sociais ampliaram o espectro de comunicação, permitindo que os empreendedores pudessem se comunicar diretamente com seus consumidores. Muitas empresas, inclusive pequenas e médias, estão descobrindo que é possível utilizar as ferramentas interativas disponíveis na web para conhecer melhor seu cliente, seus concorrentes, ou mesmo para o desenvolvimento e testes de novos produtos.

As RSW são importante mecanismo do Marketing de Relacionamento, especialmente na relação pós venda e de sistema de atendimento ao cliente/usuário. O uso da RCW no relacionamento com o público alvo da organização tem como propósito principal estimular a lealdade à marca através da humanização do contato.



IMPORTÂNCIA DAS RSW PARA O SETOR EDUCACIONAL
A evolução de tecnologias de desenvolvimento para sistemas de informação baseados na web permitiu uma mudança em torno da visão das aplicações estáticas na web para o paradigma de serviços colaborativos na web. Tal paradigma culminou com o surgimento de um termo comercial chamado Web 2.0 [2]. Este termo foi empregado para identificar uma mudança de paradigma, embora existam críticas em relação ao seu conceito, pelo fato de ele não expressar de fato nenhuma mudança tecnológica significativa [3].

A web passou a ser vista como uma plataforma de serviços com o aproveitamento da inteligência coletiva, com cooperação e colaboração, por meio de ferramentas como wikis, blogs e demais espaços de construção de conteúdo interativo. Os bancos de dados começam a ser parte fundamental dos sistemas, uma vez que os softwares passam a ser vistos como serviços, não como produtos. Isto inclui não apenas a aparência dos sites, mas sim os métodos de interação, os estilos de desenvolvimento e as fontes de conteúdo.

O conteúdo dinâmico é uma importante força das redes sociais. As informações podem ser acessadas a partir de múltiplas fontes em tempo real e agrupadas em uma única página web [4].

Outro conceito fundamental das redes sociais para a educação, cerne da Web 2.0 é o de compartilhamento de informações feito por usuários geradores de conteúdo. A educação pode se tornar potencializadas por ferramentas de compartilhamento e criação colaborativa de informações, como por exemplo, o wiki, um conjunto de documentos web que, a princípio, se parece com páginas web padrão, mas que são possíveis de serem editadas por qualquer usuário. O estudante então passa a ser gerador ativo de conteúdo, conceito denominado Computer Supported Collaborative Work (CSCW). Como confirma Craig [5], o efeito natural das novas aplicações web aplicadas à educação, é uma mudança radical de paradigma de como a web é vista no processo educativo. Schons e Ribeiro [6] sustentam que os conceitos de compartilhamento e criação coletiva de conteúdo são potencializadores para o processo de aprendizado virtual por meio da internet, pois na medida em que a capacidade de interação torna-se seu principal atributo, as ferramentas da Web 2.0 possibilitam ofertar ao ensino um novo olhar com ênfase no conhecimento coletivo.

De acordo com Patrício e Gonçalves [7], as tecnologias de redes sociais no conceito da Web 2.0 estão cada vez mais fazendo parte do dia-a-dia dos alunos e os professores procuram acompanhá-los utilizando tecnologias e ferramentas Web em atividades de interação. Segundo eles, redes sociais como o Facebook, estão sendo utilizadas em todo o mundo como espaço de encontro, partilha, interação e discussão de ideias e temas de interesse comum. Desta forma, as redes sociais possibilitam diversas oportunidades para a criação de um ambiente de aprendizagem efetivo, eficaz e envolvente.

Ferreira [8] confirma a importância das RSW para o setor educacional ao mencionar que os avanços na capacidade de armazenamento e na velocidade de processamento dos computadores têm favorecido de forma crescente a inserção das diversas mídias, de forma integrada, nas mais variadas aplicações, dentre elas, destaca-se que as redes sociais online têm obtido papel de destaque em relação ao uso por parte do corpo discente.

Como afirma Araújo [9], o que garante a eficácia e o ganho no processo educacional por meio da utilização das redes sociais no processo de ensino aprendizagem é o fato de que estas já fazem parte do cotidiano de boa parte dos alunos e são utilizadas por estes em outros momentos, ou seja, a utilização das redes sociais na educação é algo que, pela familiaridade e identificação que a geração net apresenta em relação as mesmas, pode viabilizar uma melhora no rendimento dos mesmos em relação à aprendizagem. Como destacam Machado e Tijiboy [10], as redes sociais tem papel importante no processo educativo pois podem contribuir para a mobilização dos saberes, o reconhecimento das diferentes identidades e a articulação dos pensamentos que compõem a coletividade.

As redes sociais têm a capacidade de criar uma relação forte extra sala de aula. Como confirmam Melo e Vieira [11] o que move a nova teia de relações integrantes da educação fora dos limites temporais e físicos da sala de aula tradicional é o fortalecimento do capital social, formado a partir das conexões e interações realizadas em rede.


CASO DE UTILIZAÇÃO DE RSW EM UMA IES PAULISTA

O uso das redes sociais é fundamental para a educação, especialmente no âmbito do ensino superior, que trata de um público já maduro (ou em amadurecimento) e que forma profissionais para o mercado de trabalho e futuros pesquisadores, mestres e doutores que irão formar a base do processo educacional no futuro. Desta forma, é crucial entender como estas novas tecnologias, especialmente as RSW, afetam as instituições de ensino superior. Procura-se, a seguir, apresentar um caso de utilização das redes sociais em uma IES localizada em uma cidade de médio porte, do interior do estado de São Paulo. Em um primeiro momento é feita uma caracterização da IES e apresentação das ações que envolvem as RSW nesta instituição, para depois serem apresentados os principais resultados destas ações.

Caracterização e Ações que Envolvem as RSW na IES
A IES objeto do estudo é um Centro Universitário Municipal, localizado na cidade de Franca-SP, denominado no presente artigo de UniAlpha. Esta IES atua na área de ciências sociais aplicadas. Possui, atualmente, cerca de dois mil estudantes na graduação e trezentos em cursos de pós-graduação. Os cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela IES são presenciais, sendo que não são oferecidos cursos à distância ou semipresenciais, nem tampouco, são oferecidas disciplinas isolada à distância.

A partir de 2007, a IES se mobilizou para viabilizar a implantação de um AVA que funcionasse como infraestrutura para projetos de EAD. Foi definido um grupo de trabalho interdisciplinar composto por docentes e oficiais de tecnologia da informação que remodelou o site da IES e estudou alternativas de implantação de sistemas de informação educacionais que funcionassem como apoio ao ensino presencial. Foi escolhido para implantação o ambiente Moodle, (Modular Object Oriented Development of Learning Environment), baseado em código aberto que se caracteriza por ter funcionalidades de uma comunidade virtual de ensino e aprendizagem suportada pela tecnologia internet. A implantação do Moodle teve como premissa a criação de comunidades em torno das disciplinas e deveria funcionar principalmente como apoio ao ensino presencial. O ambiente implantado permitiu a disponibilização de uma série de funcionalidades, como a divulgação do aluno de suas informações pessoais, participação de comunidades e disciplinas, obtenção de arquivos de aula, participação de fóruns e chats, além da possibilidade de um contato próximo com o conteúdo didático discutido em sala de aula. Seu acesso ocorre pela página inicial do site da IES.

O Ambiente Virtual de Aprendizagem está disponível no Uni-FACEF para todos os cursos de graduação, de pós-graduação lato e stricto sensu, e também está disponível para comunidades que queiram formar grupos de pesquisa.

Por ser modular, cada disciplina tem sua própria área de acesso e o docente tem disponível recursos e atividades que complementam o ensino dado presencialmente. Os principais recursos em torno das comunidades virtuais criadas pelo AVA foram: disponibilização de arquivos de diversos tipos (texto, planilhas, slides, imagens, sons, vídeos, etc), disponibilização de textos para aulas e páginas web, links para outros sites, lista e diretório de arquivos e textos informativos organizadores de conteúdo. Foram oferecidas ainda diversas atividades de interação e comunicação, tanto síncrona quanto assíncrona. As atividades disponíveis são basicamente os fóruns, chats, glossários, questionários, tarefas para entrega de atividades (carregamento de arquivos, texto único ou atividades online), blogs e wikis.


A implantação do ambiente virtual de aprendizagem foi um primeiro estágio do processo de tentativa da IES de se inserir no meio virtual, por meio de comunidades acadêmicas e de aprendizagem, com a colaboração e comunicação entre docentes e discentes. Mais recentemente, o avanço das RSW, fez com que o corpo administrativo da IES, procurasse também o desenvolvimento de canais de comunicação nessas áreas. O primeiro passo tomado foi a liberação do uso de redes sociais para todos os discentes e docentes da instituição. Em um primeiro momento, o acesso a estas redes não era permitido pelos discentes em seus laboratórios de informática e em sua rede wireless. Após discussão nas reuniões de reitoria, entre os chefes de departamento de cursos, nas reuniões do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, foi decidido que ficasse aberto à comunidade acadêmica o acesso às redes sociais online nas dependências das duas unidades da instituição e no campo de abrangência de sua rede sem fio.

Em um segundo momento à IES começou a fomentar o uso das ferramentas de comunicação online, especialmente as redes sociais disponíveis e com mais utilização, para fazer a comunicação com o corpo discente. Foi contratado um profissional especialista em comunicação social, e com expertise em redes sociais, para exclusivamente tratar sobre a comunicação da IES com o corpo docente, discente e a comunidade em geral. Também foram incentivados os chefes de departamento para que começassem a atuar também nas redes sociais para acompanhar e ter uma relação mais próxima com os alunos também no meio virtual. A discussão da importância da atuação nas redes sociais começou a se fazer presente com mais frequência nas reuniões da reitoria, dos conselhos universitários e dos departamentos. Não houve incentivos formais, como bônus salarial ou plano de recompensas, para o uso dos de redes sociais pelos docentes, por parte do corpo administrativo da IES. Contudo, os docentes e chefes de departamento foram encorajados a atuar nestas plataformas, como forma de monitorar o feedback dos alunos e como incentivo às ações educacionais e também as de extraclasse.

Paralelamente a este processo, a IES investiu na criação e disponibilização de perfis em algumas redes sociais. Foram escolhidas as redes sociais de mais utilização nos últimos anos, especialmente as redes Facebook, Twitter, LinkedIn e Youtube. Por meio dos perfis da IES criados nas redes Facebook, Twitter e LinkedIn, a IES disponibiliza informações sobre as mais diversas ações que a instituição realiza e deseja divulgar à comunidade. Além do mais, a IES iniciou uma campanha de mobilização institucional nas redes com o slogan “EusouUniAlpha”, incentivando os alunos a usarem a hashtag4

Os departamentos de curso foram alertados (informalmente) para a importância de criarem perfis destinados à comunidade docente e discente pertencente ao respectivo curso. Algumas iniciativas isoladas ocorreram. Foi observada uma série de perfis criados por próprios alunos em torno de salas de aula, anos ou mesmo curso. A intenção era a de que os perfis do curso ficassem a cargo dos chefes de departamento. Apenas alguns cursos criaram seus próprios perfis. A RSW preferida para a criação de perfis dos cursos foi o Facebook. Algumas iniciativas de criação de comunidades em grupo também utilizaram a ferramenta do Google de criação de Grupos, o Google Groups e o Google+ (plus). Estas redes de cursos são utilizadas principalmente para a disponibilização de informações do curso, das disciplinas, troca de material de aula, troca de ideias a respeito do curso, troca de informações sobre eventos, congressos e viagens técnicas, troca de links com material informativo e últimas novidades a respeito do curso. no Twitter #EusouUniAlpha. Nestas redes, são disponibilizadas informações sobre eventos da instituição, sobre processos seletivos, vagas de estágio e empregos, programas de bolsas de estudo e intercâmbios internacionais, dentre outras. Estes perfis também foram disponibilizados com o caráter de manter aberto um canal direto de contato do corpo discente com a IES. Os alunos publicam e compartilham informações diversas sobre resultados de trabalhos, eventos relacionados ao curso, reclamações, sugestões, oportunidades de estágios, etc.

Além das redes sociais citadas, a IES investiu na divulgação de suas ações por meio da rádio online e da TV online. Os programas são veiculados na Web Rádio no site, podendo se estender para o sistema interno de som e espera telefônica da IES. A web rádio implantada visou fortalecer a comunicação da instituição, estabelecendo uma conexão direta com qualquer pessoa que acesse a rádio pelo site, independente de sua localidade. Por se tratar de uma rádio na Web, pode contar também com a interatividade dos ouvintes com as redes sociais, Twitter, Facebook, estabelecendo uma comunicação direta, com participação de ouvintes, professores e alunos. Com uma programação segmentada a Web rádio acompanha as inovações da comunicação e dá um salto para as novas formas de se fazer rádio. A TV Online foi elaborada com a plataforma de disponibilização de vídeos Youtube. Foi criado um canal denominado TV UniAlpha, no qual são disponibilizados vídeos da IES. São disponibilizados vídeos com entrevistas de docentes, vídeos sobre eventos, como por exemplo, o Trote Solidário, realizado anualmente pela IES com os alunos calouros, ações de Responsabilidade Social, vídeos institucionais, dentre outros. As ações da TV e rádio online da IES foram orientadas com os seguintes propósitos: produzir e veicular programas sócio-educativos e culturais, divulgar e promover, as diversas manifestações de cultura da IES, despertar, através da informação e do debate a interdisciplinaridade, oferecer entretenimento e informações que proporcionem elevação do nível de qualidade de vida da população, contribuir para a formação de profissionais dos diversos cursos da IES, através da oferta de estágio e de incentivo à capacidade criadora dos estudantes e divulgar a produção de conhecimento, valorizando o ensino, a pesquisa e a extensão.



Resultados obtidos com as RSW na IES
O uso do ambiente virtual foi facultativo aos docentes. A IES promoveu cursos de capacitação e incentivos como esforço para conscientização e motivação do corpo docente quanto ao uso da plataforma. Apesar do incentivo, apenas metades dos docentes da IES participaram do programa de capacitação. O uso efetivo do sistema por parte dos professores só foi crescer razoavelmente após três anos de implantação, e mesmo assim, o nível de uso ainda não é tão elevado. Mais da metade dos docentes ainda não utiliza o ambiente com efetividade. O uso de atividades e recursos disponíveis se concentra principalmente na disponibilização de material de aula e fóruns. Algumas iniciativas começam a surgir em outros recursos e atividades, como chat, livros online, questionário, entregas de tarefas e wikis.

Nota-se que há uma forte resistência dos professores ao uso do ambiente. Provavelmente esta resistência ocorrer por uma ausência de política de remuneração de uso do ambiente e pala pouca familiaridade de grande parte dos docentes com as novas tecnologias de informação e comunicação. Observa-se o pouco uso de atividades de interação, sendo a disponibilização de arquivos, material de aula e links para outros sites, os recursos mais utilizados no ambiente virtual de aprendizagem.

O pouco uso do ambiente virtual também pode ser justificado por uma ausência de cultura de uso das tecnologias na educação e pela pouca disponibilização de treinamentos que capacitem o corpo docente para o uso das funcionalidades do ambiente. Também não há formalmente e institucionalizado um plano de incentivo aos alunos e docentes para as atividades de interação por meio do AVA. Problemas técnicos também podem explicar o baixo nível de uso do ambiente virtual, como problemas de integração com o sistema legado de controle de alunos da IES, problemas de acessos ao AVA e no processo de rematrícula de alunos.

Contudo, apesar dos problemas e do baixo nível de uso na graduação, nota-se que a implantação do sistema trouxe uma mudança de visão da organização e disponibilização de materiais, passando do meio físico para o meio virtual. Nota-se tal transição de paradigma principalmente nos cursos de pós-graduação da IES, em que todo o material de ensino é disponibilizado essencialmente via internet. O uso do AVA, de certa forma, fomentou em um grupo restrito de professores, à discussão de como utilizar as novas tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino. O surgimento e o fortalecimento das redes sociais web, vieram para complementar o uso da tecnologia como apoio à sala de aula.

Os perfis no Facebook criados recentemente para alguns cursos mostram resultados em torno da criação de comunidades foram do ambiente virtual da IES. Percebe-se que a comunidade no AVA fica restrita à disponibilização de materiais, links, entrega de tarefas, enquanto as atividades de comunicação migram para o espaço virtual de comunidades abertas. Pode-se então considerar que as funcionalidades de comunicação e colaboração no AVA podem facilmente ser substituídas pelas mesmas funcionalidades em redes sociais externas, como o Facebook, por exemplo, ainda mais quando aquelas funcionalidades não são efetivamente incentivadas em seu uso, como é o que acontece na IES. Cabe observar, que a interação no ambiente virtual fortalece a imagem da IES, uma vez que as interações acontecem sob a plataforma disponibilizada pela instituição, mas nota-se, que há uma maior predisposição de colaboração em redes sociais externas. As comunidades do Google Groups criadas para um recente curso de bacharelado da IES têm efetiva participação de grande parte dos docentes e discentes do curso. Nestas comunidades ocorrem diversas trocas de novidades tecnológicas (o curso recém criado é da área de tecnologia), links para congressos, últimas atualizações de sistemas, publicações, divulgações de teses, dissertações e artigos, trocas de experiências e oportunidades de estágios e empregos, dentre outras ações que fortalecem o grupo em torno do curso.

Nos perfis dos cursos, o complemento à sala de aula ocorre principalmente pela ação isolada de professores e discentes na disponibilização de links com informações que complementam as atividades e explicações feitas e dadas em sala de aula. Os professores também estão utilizando as redes sociais para postarem avisos, como a disponibilização de notas no sistema administrativo da IES, datas de provas, eventos, atividades a serem feitas, textos a serem lidos, etc. Os alunos estão realizando troca de informações nas redes sociais, solicitando o esclarecimento de dúvidas, além de outras informações de interesse coletivo.

A disponibilização das redes sociais nas dependências da IES, nos horários de aula presencial causa um conflito entre corpo docente e discente. É comum observar grande parte do corpo discente em acesso às redes, tratando de assuntos pessoais em horários destinados às explicações e ou tarefas. Também é comum o acesso, em horário de aula, aos jogos online comunitários, em que os alunos jogam em rede. A IES não trata desta questão de um modo formal institucionalizado, deixando para os docentes a tarefa de controlar o uso dos recursos teleinformáticos em sala de aula. Apesar de não ter nenhum estudo efetivo sobre o tema na IES, acredita-se que o uso das redes sociais para outros fins em momentos da aula presencial atrapalha a concentração do estudante, especialmente durante momentos expositivos de conteúdo educacional. Apesar das iniciativas de uso das RSW ainda serem restritas a um pequeno grupo de professores, é notório que tal uso tende a crescer. Não há até o momento um estudo formal que verifica o efetivo uso e benefício da aplicação dos perfis nas RSW no processo de aprendizagem dos alunos. No entanto, nota-se que houve uma aproximação na comunicação entre corpo docente, administrativo e corpo discente. Professores e administradores da IES começaram a ter mais um canal de contato com o corpo discente, formado por jovens, que já utilizam amplamente a tecnologia fora do âmbito da IES. Os alunos estão crescentemente se comunicando com a IES, com professores e coordenadores de curso via redes sociais.

A equipe de comunicação e de tecnologia da informação da IES vem monitorando as ações dos alunos nas redes, em busca de conhecer e obter as opiniões dos mesmos perante a IES e seu corpo docente e administrativo. Alguns exemplos ilustram que o monitoramento das redes sociais pode ser benéfico para a imagem da instituição. Para ilustrar, são apresentados dois casos de ações realizadas pela IES, a partir do monitoramento do Facebook e do Twitter, respectivamente.

No primeiro caso, uma aluna graduanda do terceiro anos do curso de administração de empresas, publicou no Facebook que se sentiu “ofendida” pelo fato de a mesma turma do ano anterior do mesmo curso realizar uma visita técnica a bolsa de valores, sendo que a turma dela ainda não havia visitado. A aluna reforçou a dica, mencionando que ainda havia tempo hábil e interesse por parte da turma em realizar tal visita. Num curto prazo de tempo, a coordenação do curso e o corpo administrativo da IES tomou conhecimento da publicação e consequentemente providenciou uma viagem técnica de acordo com o interesse da aluna e da respectiva turma. Em outro exemplo ilustrativo, no Twitter, durante uma aula no período diurno, ao se sentir incomodado com barulhos de construção civil que acontecia ao redor do prédio ao lado da IES, um aluno publicou (“tuitou”) o fato ocorrido. Na mesma manhã, a publicação do aluno foi monitorada e a informação chegou ao conhecimento do pró-reitor administrativo que tomou as providências necessárias em relação ao barulho de construção, se dirigiu até a sala do reclamante, posicionando a turma sobre tais providências tomadas, inclusive mencionando o nome do reclamante dizendo que o problema havia sido solucionado. Todos se demonstraram surpresos e ao mesmo tempo satisfeitos pela velocidade na qual a solução foi concretizada.

Estes dois exemplos são apenas alguns, dentre vários que aconteceram por meio das redes sociais. Os professores que seguem estas redes e participam da comunidade dos alunos conseguem com mais facilidade captar a demanda proveniente do corpo discente, pois estes estão cada vez mais expondo estas nas comunidades online. A IES está atenta para as ações dos alunos nas redes, inclusive no sentido de orientar o que eles podem ou não podem expor nas RSW. Neste sentido, programou uma palestra institucional dentro de seu fórum de estudos com um especialista em direito comercial, para tratar do tema dos direitos e responsabilidades dos alunos no uso das redes sociais da internet.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo teve como objetivo relatar um caso de utilização de redes sociais em uma instituição de ensino superior localizada no interior do Estado de São Paulo. Apresentou, inicialmente uma definição das redes sociais web, uma reflexão sobre sua importância para o processo de ensino e aprendizagem e uma descrição das ações e dos resultados da experiência da IES na utilização das redes sociais.

Os desafios da IES com relação ao uso de redes sociais na educação podem ser resumidos e agrupados em relação à gestão de pessoas e de processos e à gestão tecnológica. Com relação às pessoas, os desafios são: expandir a cultura de uso de redes sociais e do ambiente virtual de aprendizagem, capacitar os professores para o uso correto e máximo das funcionalidades disponíveis na web, capacitar constantemente o setor de tecnologia da informação no ambiente e nas possibilidades que as redes oferecem à IES, incentivar alunos e docentes para atividades de interação e expansão do uso das RSW, a partir da difusão de cursos de extensão à distância. Os desafios tecnológicos se resumem em agregar novas atividades de interação, desenvolvimento de atividades e uso constante de design instrucional para a criação de conteúdo para o processo de aprendizagem via web.

Acredita-se que o investimento em redes sociais é fundamental para aproximar a instituição e o corpo docente do corpo discente, que é formado por uma geração que usa constantemente tais ambientes interativos. Os resultados obtidos até o momento pela IES, em termos de aproximação do aluno, nas poucas iniciativas isoladas que ocorreram, sustentam tal importância.

REFERÊNCIAS
[1] MARTELETO, R.M. Análise de Redes Sociais – Aplicação nos estudos de Transferência da Informação. Ci. Inf., Brasília, v.30. nr.1, p. 71-81, jan/abr, 2011.
[2] O'REILLY, T. What Is Web 2.0? Design Patterns and Business Models for the Next Generation of Software. 2005. Disponível em: <http://www.oreillynet.com/pub/a/ oreilly/tim/news/2005/ > Acesso em: 10/10/2008
[3] BRODKIN, J. Web 2.0: Buzzword, or Internet revolution? Network World , 2007. Disponível em: < http://www.networkworld.com/news/2007/012407-Web-20.html?page=1> Acesso em: 01/10/2008
[4] LEWIS, D. What is Web 2.0? The Association of Computer Machinery, 2006. Crossroads archive. Volume 13, Issue 1 Disponível em: <http://www.acm.org/crossroads/xrds13-1/ Web20.html> Acesso em: 17/10/2008
[5] CRAIG, E. M. Changing Paradigms: Managed Learning Environments and Web 2.0. Emerald Campus-Wide Information System. Vol. 24, Nr. 03, p. 152-161, 2007.
[6] SCHONS, C. H.; RIBEIRO, A.C. A Contribuição da Web 2.0 nos Sistemas de Educação OnLine. In: Anais do 4º Congresso Brasileiro de Sistemas, 2008, Franca/ SP. 4º Congresso Brasileiro de Sistemas v. 1, 2008.
[7] PATRÍCIO, M.R.; GONÇALVES, V.M.B. Utilização Educativa do Facebook no Ensino Superior.
Instituto Politécnico de Bragança – Escola Superior de Educação, Portugal, 2010. Disponível em: https:// bibliotecadigital.ipb.pt/ bitstream/10198/2879/4/7104.pdf Acesso em 05/05/2012.
[8] FERREIRA, B. Entrevista Assunto: Redes Sociais e Educação. Revista de Informática Aplicada Vol. 6 - Nº 02 - Jul/Dez 2010
[9] ARAÚJO, V.D.L. O impacto das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem. Anais Eletrônicos do 3º Simpósio Hipertexto e Tecnologia na Educação. UFPE, Recife. 2010.
[10] MACHADO, J.R.; TIJIBOY, A.V. Redes Sociais Virtuais: um espaço para efetivação da aprendizagem cooperativa. CINTEG – UFRGS. Novas Tecnologias para a Educação. v 3, nr. 1, maio, 2005.
[11] MELO, L.C.O.R.; VIEIRA, S.S. Redes sociais : uma nova ferramenta pedagógica para a graduação à distância. Anais Eletrônicos do 3º Simpósio Hipertexto e Tecnologia na Educação. UFPE, Recife. 2010.

Participe do 3 Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação!! Ele acontecerá no dia 05/12/2014 na Faculdade Rio Branco. Faça já sua inscrição

domingo, 12 de outubro de 2014

Desenvolvendo o Raciocínio e Criatividade com ajuda e motivação das Redes Sociais

Esse artigo foi apresentado no II People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação.

Título: DESAFIO ATIVAMENTE – A GINCANA DO RACIOCÍNIO Desenvolvendo o Raciocínio e Criatividade de Alunos do 5º Ano Do Ensino Fundamental, Com Ajuda e Motivação das TICs e Redes Sociais
Autor: Prof. Muriel Vieira Rubens Alves

Esse congresso você não pode perder! 


INTRODUÇÃO

Atualmente, em inúmeras situações, o uso das tecnologias como ferramentas educacionais tem sido reduzido a um ensino formalista e meramente instrucional. Uma realidade que provém da falta de modernização e dinamização dos métodos de ensino. É evidente que já não está mais em discussão a utilização ou não de tecnologias como ferramentas de aprendizagem. Da mesma forma, sabemos que as TICs são incapazes de trazer qualquer acréscimo ao processo educacional apenas com sua presença na sala de aula, pois o avanço no campo tecnológico não implica necessariamente em melhoria na educação. Acreditar nisso, é incorrer em um erro comum, mas perigoso, que consome recursos, mascara o ambiente educacional, e serve no máximo como ferramenta de marketing. Segundo Mattar (2010, p.13):

Não é exagero dizer que boa parte de nosso sistema educacional está, ainda hoje estruturada para conduzir aquela fila de alunos sem face até o moedor de carne para um output de lingüiças, como no videoclipe da música Another brick in the wall, do Pink Floyd.

E, mesmo que o professor considere a importância da utilização da tecnologia em seu planejamento de aula, mas continue a utilizar antigos métodos unicamente instrucionistas estará “colocando o vinho novo em odres velhos”. De acordo com Sancho (2006, p.16):

Teremos grande dificuldade de tornar as TICs meios de ensino que melhorem os processos e resultados da aprendizagem se os professores, diretores e assessores pedagógicos não revisarem sua forma de entender como se ensina e como aprendem as crianças e jovens de hoje em dia.



EDMODO
Sabemos que hoje, muitas crianças crescem em ambientes totalmente envolvidos pela tecnologia. A socialização destas crianças é muito diferente da que os professores tiveram no passado. “Existe um amplo mundo de possibilidades cada vez mais interativas em que constantemente acontece algo e tudo vai mais depressa do que a estrutura atual da escola pode assimilar” (SANCHO e col., 2006, p.19).
Ao pretender-se fazer um bom uso da tecnologia educacional, torna-se imprescindível analisar qual é o perfil do ser humano hoje, em especial no que diz respeito à aprendizagem. Como nossos alunos têm vivido meio à chamada Era da Informação? Veen e Vrakking (2009, p.12) em seu livro Homo Zappiens, dedicado a esse tema, afirmam que: “as crianças de hoje tem controle sobre o fluxo de informações, lidam com informações descontinuadas e com a sobrecarga de informações, mesclando comunidades virtuais e reais[...] de acordo com suas necessidades”.

Olhando para isso, começamos a elaborar formas de uso das ferramentas de interação via web que pudessem absorver as necessidades da escola e dos professores e ao mesmo tempo oferecessem motivação aos alunos envolvidos. Ao mesmo tempo, as professoras do 5º ano do Ensino Fundamental levantaram a necessidade de trabalhar de forma mais intensa o raciocínio das crianças. Daí, partimos para a elaboração de uma gincana online.

Dentre diversas ferramentas pesquisadas, encontramos no Edmodo, o preenchimento dos requisitos necessários ao uso por alunos do 5º ano do Ensino Fundamental. Por tratar-se de crianças de no máximo onze anos, buscamos um ambiente que oferecesse:

ü  Recursos desenvolvidos para educação
ü  Opção de moderação
ü  Ferramentas de controle de acesso
ü  Adequação à idade
ü  Aparência de facebook
ü  Acompanhamento pelos pais
ü  Envio de tarefas
ü  Acesso sem o uso de e-mail

Durante as aulas das turmas nos laboratórios de informática, todos os alunos se cadastraram no grupo criado no Edmodo para dar início à gincana.

DESAFIO ATIVAMENTE
O Desafio Ativamente trata-se de uma gincana entre todos os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental. Através do ambiente online, com acesso individual, cada criança deverá responder aos desafios que são selecionados por uma professora da série. A resposta deve ser exclusivamente através do Edmodo e devem conter a justificativa do raciocínio. Quanto antes responder, vale mais pontos. Os desafios são postados todas as segundas-feiras e quem responder corretamente no mesmo dia leva vinte e cinco pontos, no segundo dia vinte e assim sucessivamente.
Toda semana é publicado também um ranking por aluno e por série o que serve ainda mais de motivação para o próximo desafio.


Figura 1. Imagem de um dos desafios 

RESULTADOS
Temos observado a cada dia uma grande motivação dos alunos em sua participação na gincana. A combinação da competição com o uso de uma ferramenta que se parece com o facebook tem se apresentado como uma boa opção para alcançar o objetivo pedagógico inicial: o desenvolvimento do raciocínio lógico. No entanto, notamos que além disso, as crianças tem usado o ambiente durante todo o tempo, trocando ideias e informações com outras crianças da série, integrando-se socialmente e migrando de outras aplicações da web onde fica mais difícil o acompanhamento dos pais. Aliás, temos uma boa participação dos pais, que têm a opção de acompanhar tudo o que o filho faz através de um código parental gerado pela ferramenta. São colhidos bons depoimentos como o da mãe Cristina Vinticinque:
“Meu filho Fabrício, que está no 5º ano, adora desafios e tem ficado muito empolgado com as olimpíadas de matemática realizadas no site Edmodo. Dia desses, ao explicar de que forma havia solucionado o problema proposto, vimos a importância do aprender a pensar, a buscar uma solução nem sempre tão convencional, mas que nos faz raciocinar. É a tecnologia bem utilizada a nosso favor, tirando-os dos facebooks da vida.”
A gincana termina em junho, com um grande desafio a ser respondido no laboratório de informática. Serão distribuídos troféus e medalhas para as crianças, mas nós, educadores, temos certeza que todos sairão ganhando.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MATTAR, João. Games em educação: como os nativos digitais aprendem. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
SANCHO, M.J. e col. Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: ArtMed, 2006.
VEEN,W; VRAKING, B. Homo Zappiens: educando na era digital. Porto Alegre: ArtMed, 2009.

Participe do 3 Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação!! Ele acontecerá no dia 05/12/2014 na Faculdade Rio Branco. Faça já sua inscrição