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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

WEBMEETING COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE CONHECIMENTO MÉDICO NAS REDES SOCIAIS

No 3º People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação, serão apresentados trabalhos do Brasil todo sobre essa nova geração e como os educadores devem trabalhar com esse novo perfil!

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Esse congresso você não pode perder! 


Esse artigo foi apresentado no II People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação.

Título: WEBMEETING COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE CONHECIMENTO MÉDICO NAS 
REDES SOCIAIS

Autores: 
 Barbara G. Silva
Kaline M. C. Medeiros
Solange Arruda
Melina C. Gandra
José Marcelo A. Oliveira


Resumo 

O webmeeting tem sido utilizado de forma crescente como uma ferramenta eficiente para transmitir 
conhecimento de forma prática, sem número limitado de participantes, sem limites geográficos e com menor custo que um evento presencial. Composto de aulas interativas, o programa Webmeeting Fleury foi criado e iniciado em julho de 2011 para promover a atualização de médicos clientes de forma virtual. O público-alvo dessa iniciativa recebe o convite por newsletter eletrônica e pelas redes sociais para assistir às aulas, que são transmitidas ao vivo e, assim, permitem a interação direta dos espectadores com os palestrantes. De acordo com levantamentos feitos até a primeira semana de maio, esse conteúdo já totalizou 4.572 acessos, com média de 482 participantes por aula, de diferentes especialidades médicas e localidades. Em síntese, o projeto mostrou ser um recurso moderno e de alcance global, possibilitando à empresa divulgar conhecimento científico de qualidade a um número expressivo de médicos. 

Palavras-chave: aula interativa, multimídia, Fleury. 



CONTEXTO 

Com o crescimento dos centros urbanos e os consequentes problemas de deslocamento, tem sido cada vez mais difícil mobilizar profissionais de diferentes segmentos a comparecer a eventos. Na outra ponta, o avanço tecnológico possibilita uma proximidade entre as pessoas nunca antes experimentada, independentemente de localização geográfica. Nesse contexto, os eventos virtuais, como o webmeeting, vêm ganhando espaço e respeito em todas as áreas do conhecimento humano, inclusive na Medicina. 

Por ser uma apresentação interativa, que combina videoconferência e troca de informações ao vivo por meio da internet, o webmeeting tem algumas vantagens sobre os eventos presenciais, como a praticidade na realização, o alcance global e a possibilidade de ter um número ilimitado de participantes, com crescente audiência à medida que a aula permanece disponível no site. O formato ainda favorece a participação de palestrantes remotos, o que pode facilitar a integração de profissionais de outros países aos eventos por um baixo custo, além de possibilitar a utilização de ferramentas de enquete para diversas finalidades, a exemplo de avaliação da iniciativa e dos palestrantes, de sugestão de temas de interesse e de outras informações. Por fim, mesmo sendo ministrada a distância, a aula também permite um relacionamento direto da empresa que promove os eventos com seus clientes. 

Em seus mais de 85 anos de existência, o Fleury tem sido um grande gerador de conhecimento médico, uma vez que sempre atuou na pesquisa e no desenvolvimento de novos métodos diagnósticos e, acima de tudo, sempre prezou a troca de experiências entre seu corpo clínico e os médicos clientes. Para cumprir esse compromisso com a educação continuada da comunidade médica, a empresa veio usando, ao longo do tempo, desde o contato informal e telefônico com os médicos, passando pela distribuição de boletins, manuais e livros e pela realização de eventos presenciais, até as mídias mais modernas, como a internet e as redes sociais. 

PROJETO 
Seguindo a linha da interatividade, a área de Educação Médica do Fleury criou, em julho de 2011, o Webmeeting Fleury, um programa composto de aulas transmitidas ao vivo, de um estúdio terceirizado, que possibilita a interação entre os médicos participantes e os palestrantes. Os temas são definidos em conjunto com a área de Planejamento Estratégico de Especialidades Médicas e Marketing da empresa, levando-se em conta os novos produtos e serviços oferecidos na área de diagnóstico médico, de forma a manter os médicos atualizados sobre as evoluções nessa área e auxiliá-los no uso racional das novas tecnologias disponíveis. As aulas são ministradas por especialistas do corpo clínico do Fleury com a presença de um moderador, também médico, que recebe as perguntas dos participantes e as direciona para os colegas responderem ao vivo, além de incrementar a discussão sobre o assunto com questionamentos e comentários pertinentes. 

Os médicos recebem o convite para participar dos eventos por meio do facebook, na página do Fleury para médicos, e de uma newsletter eletrônica, com um link para seu cadastro que exige CRM e especialidade – afinal, a transmissão ao vivo não é aberta ao público não médico. Vale adicionar que a divulgação das aulas também é feita no site do Fleury. 

RESULTADOS 
Até abril de 2012, o programa teve nove aulas nas áreas de Endocrinologia, Cardiologia, Hematologia, 
Gastroenterologia, Hematologia, Neurologia, Otorrinolaringologia, Medicina Fetal e Ginecologia, e um total de 3996 médicos diferentes cadastrados no programa (figura 1). Uma vez que esse conteúdo fica disponível na internet, o programa totalizou 4.572 acessos no mesmo período, com média de 482 participantes por evento (figura 2). 

Figura 1 – Crescimento progressivo de acessos e de médicos cadastrados 

Figura 2 - Número de participantes por evento

Se analisadas as diversas especialidades ginecologistas, clínicos, cardiologistas, endocrinologistas, pediatras e médicos de outras áreas da medicina,provenientes de todo o Brasil, de acordo com o mapa abaixo (figuraEquador, Uruguai, Bolívia, Peru, Argentina, Moçambique, Panamá, Portugal e Estados Unidos. 

Para ter uma ideia do que esses números representam em termos de abrangencia, num congresso nacional de especialidade, os laboratórios e outras empresas de saúde não conseguem reunir mais que 200 especialistas em uma sala de aula, evidentemente tendo de investir em toda a infraestrutura que a aula presencial requer, como locação de espaço, preparo e distribuição de material impresso e seviço de cafe, entre outros.

Figura 3 – Distribuição geográfica dos participantes



Em resumo, o Webmeeting Fleury constitui-se numa ferramenta moderna e de alcance global, possibilitando a empresa divulgar conhecimento científico de qualidade a um número expressivo de médicos.

Agradecimento :  Atitude Mídia Digital - parceira na transmissão do programa.

Participe do 3 Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação!! Ele acontecerá no dia 05/12/2014 na Faculdade Rio Branco. Faça já sua inscrição


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

REDES SOCIAIS COMO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

No 3º People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação, serão apresentados trabalhos do Brasil todo sobre essa nova geração e como os educadores devem trabalhar com esse novo perfil!

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Esse congresso você não pode perder! 


Esse artigo foi apresentado no II People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação.

Título: Redes Sociais como ambiente virtual de Aprendizagem: Expectativas dos alunos do curso de Publicidade e Propaganda. 

Autores: 
SIMONE ALVES DE CARVALHO 


Esse congresso você não pode perder! 


RESUMO
Este artigo busca entender a relação que o corpo discente tem com as disciplinas que são ministradas de forma virtual dentro dos cursos presenciais. As instituições de ensino superior, dentro do que é permitido pela legislação, oferecem até 20% de sua carga horária em aulas a distância, o que é motivo inclusive de evasão escolar. Analisaremos como é a visão dos alunos dessas aulas e quais são suas próprias sugestões para melhoria das mesmas.

PALAVRAS CHAVES
AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem); EAD (Educação a Distância).




INTRODUÇÃO
Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de finalizar a monografia do curso de Especialização em Metodologias e Gestão para Educação a Distância que estou estudando.

O motivo que a originou foram as constantes queixas, por parte dos alunos, que recebo como Coordenadora do Curso de Publicidade e Propaganda, sobre as disciplinas ministradas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

Esta instituição, uma das maiores redes de ensino superior do país, cuja identidade será preservada neste artigo, segue a prerrogativa do MEC de que até 20% da carga horária da graduação pode ser ministrada através da educação a distância (EAD), e algumas de suas disciplinas foram estabelecidas para serem ministradas através da plataforma Moodle.

Entretanto, essas disciplinas geram a insatisfação de parte significativa dos alunos, pelos motivos que serão expostos abaixo, o que inclusive acarreta na desistência de um porcentual alto dos ingressantes no curso. Para as instituições de ensino superior (IES), é importante a existência das aulas online, seja por estar inserida na questão da contemporaneidade digital, seja por uma questão financeira.

Neste artigo, apresentaremos uma discussão sobre as disciplinas implantadas no AVA e a percepção destas por parte dos alunos, bem como suas próprias sugestões para a melhor utilização das redes sociais como meios de aprendizagem.

DISCIPLINAS AVA NO CURSO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA


As aulas EAD são uma realidade nos cursos superiores. Motivadas tanto pela inserção digital quanto pela economia de recursos financeiros que implica, as IES mantêm até 20% da carga horária em disciplinas oferecidas no AVA. As disciplinas oferecidas neste modelo são escolhidas pelas próprias IES, através de estudos próprios. O uso do AVA assegura a manutenção de um determinado custo previamente aprovado pelo departamento financeiro da IES, mas a qualidade dessas aulas não pode ser diminuída por este fator. Uma disciplina AVA pode ser ministrada por um professor doutor e ter como tutores, professores especialistas na área, o que reduz drasticamente os gastos com professores doutores nas unidades e não compromete a qualidade acadêmica das aulas gravadas, por exemplo. O ensino a distância surge no século XVIII, quando foi desenvolvido o método de estudo por correspondência para a educação de mulheres [1]. A Revolução Industrial possibilitou “explorar as possibilidades da produção, da distribuição em massa e das tecnologias dos correios e das ferrovias” (Piva, 2011, p. 3). Já no século XX, surge a possiblidade de novas mídias serem utilizadas para a EAD, como rádio, TV, fitas cassetes e até telefones [2], principalmente com o intuito de atingir as populações mais afastadas dos grandes centros. Entretanto, foi com o advento e a popularização da internet que a EAD começou a ser tratada como uma revolução no ensino, notadamente na primeira década do século XXI.

Ao nosso objeto de estudo, o ensino superior, é permitida por lei que até 20% da carga horária do curso de graduação seja oferecida na modalidade a distância. Hoje as IES utilizam principalmente a internet para esse fim, ao lado da educação corporativa, estudos extracurriculares e cursos de extensão e pós-graduação.

A EAD pressupõe um aluno autônomo, que entenda que seu aprendizado é responsabilidade própria e não é centrada no professor, como conhecedor profundo do conteúdo e transmissor destas informações. A EAD concebe um aluno proativo, que deve ter liberdade para estudar de acordo com sua disponibilidade e objetivos, entretanto, não deve ser um estudo solitário, mas o papel da instituição de ensino é proporcionar trocas e facilitar interações com outros interessados no tema [3].

Apesar do entusiasmo que as IES demonstram no que tange as aulas no AVA, especialmente quando levado em consideração a economia obtida com pagamento de professores e demais custos relacionados com a estrutura física da unidade, são poucos os estudos sobre os efeitos reais por essa escolha educacional. Entre os itens mais questionados estão as poucas evidências empíricas que demonstrem a efetividade da aprendizagem no EAD; as dificuldades dos alunos com o ambiente virtual; o feedback aos alunos; a produção de materiais pensados para disciplinas presenciais; a resistência por parte de docentes e discentes; a falta de suporte técnico, equipamentos e programas adequados [1].

Também são consideradas características da sociedade da informação de extrema relevância para a educação o excesso de informação e a facilidade de acesso a ela, o que não garante sua qualidade e confiabilidade, assim como provoca desgaste mental e psicológico para tentar acompanhar toda a informação produzida; a escassez de espaço para abstração e reflexão, de maneira que temos a informação e nem sempre conseguimos colocar em prática os novos conhecimentos adquiridos; a proeminência do espetáculo em detrimento da razão, de maneira que o sensacionalista chama muito mais a atenção do que as questões que impactam no cerne da sociedade; a primazia no não-lugar e do não tempo, pois podemos fazer nossas atividades em qualquer espaço, seja ele local ou temporal, o que dificulta as relações interpessoais físicas; a homogeneização cultural, transformando nossa cultura em um pastiche aculturado, no qual não nos reconhecemos em um simulacro de nós mesmos; e o surgimento de novos tipos de preconceitos sociais, dividindo a sociedade entre frequentadores de determinada rede social ou possuidores de determinado equipamento tecnológico [4].

Na instituição em que essa pesquisa foi conduzida, as disciplinas online são divididas em duas partes: disciplinas do núcleo comum, em que se supõe que algumas disciplinas, como Ética, Direitos Humanos e Responsabilidade Social e Meio Ambiente, consideradas fundamentais para a construção da visão crítica do cidadão, então todos os cursos da instituição as oferecem; e disciplinas específicas, que são parte da formação do curso de Graduação em Publicidade e Propaganda, mas cujos professores devem ter formação em outras áreas do conhecimento, como Direito e Legislação, Estatística e Teoria Geral da Administração, o que contabilizaria um custo extra para manter professores com apenas uma disciplina no curso, e consequente pouca interdisciplinaridade dentro da área de formação do aluno.



PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE AS DISCIPLINAS AVA
As disciplinas oferecidas pelo AVA, na faculdade em que este estudo foi conduzido, obedece algumas características listadas por Piva (2011, p. 6) como unanimidades no que tange a EAD: distância física entre corpo docente e discente; planificação dos materiais de aprendizagem; uso da internet como plataforma de interação; comunicação bidirecional; encontros presenciais; e educação industrializada. Estas características foram apresentadas aos alunos na pesquisa qualitativa realizada.
Apresentaremos os dados preliminares das entrevistas qualitativas [5] realizadas, utilizando o método de grupo focal [6], com 8 alunos selecionados para este fim, classificados de acordo com a tabela 1, escolhidos de acordo com a série em que estavam e entre pesquisadores de Iniciação Científica e não. As identidades dos alunos foram preservadas, de acordo com pedidos dos próprios, e serão doravante denominados por números de 1 a 8.

Tabela 1. Classificação dos alunos entrevistados
Aluno (a) Sexo Idade Série IC

1 Masculino 24 7ª Sim
2 Feminino 25 7ª Não
3 Feminino 26 5ª Sim
4 Masculino 25 5ª Não
5 Feminino 26 3ª Sim
6 Masculino 20 3ª Não
7 Masculino 19 1ª Sim
8 Feminino 20 1ª Não

As entrevistas abrangeram os seguintes grandes temas: qualidade na educação superior; disciplinas oferecidas no AVA; interação com docentes e discentes na EAD; encontros presenciais; diferenciação para o mercado de trabalho; uso da mídia internet.

Os alunos entrevistados observaram que, no que tange a qualidade na educação superior, eles se sentem prejudicados com as aulas no AVA, porque têm a impressão que não aprenderam nada. Os alunos da 7ª série se sentem ainda mais prejudicados, pois estão realizando seus trabalhos de conclusão de curso e são cobrados de conteúdo de disciplinas que tiveram online. Para o estudante 2, “as aulas AVA foram inúteis, pois agora temos que fazer as coisas e nós não as aprendemos direito”. O estudante 1 completa: “nós fizemos a matéria de Estatística, mas é como se não a tivéssemos feito, pois tive que fazer gráficos para a Iniciação Científica e minha orientadora teve que ajudar, pois a matéria não ensinou isso”. Perguntados sobre as habilidades técnicas adquiridas em aulas presenciais para uso de programas próprios da área como Illustrator e PhotoShop, o aluno 1 respondeu “tem gente na sala que não sabe usar, mas tem gente que só paga a faculdade e nunca vem mesmo”.

As disciplinas ofertadas no AVA também foi motivo de discórdia, pois segundo o estudante 3 “estamos pagando por um curso presencial, não EAD”. Ao serem perguntados se, quando fizeram matrícula, eles foram informados sobre as aulas no AVA, foram unânimes em dizer que não sabiam, caso soubessem, não teriam feito matrícula. Entretanto, ao serem questionados do porque não procuram outra faculdade, o discurso recai sobre a questão financeira. O estudante 2 aponta que é bolsista 100%, e que se desistir do curso, tem uma cláusula do contrato que o obriga a pagar todas as mensalidades retroativas com juros, o que ele não teria condições de fazer. O estudante 4 diz que é a única faculdade da região que tem uma mensalidade cuja família pode pagar e o estudante 8 fala que a IES tem convênio com a empresa na qual ela trabalha, logo, a escolha da faculdade foi feita pela empresa e não por ela. A discussão levou ao assunto qual a melhor e a pior aula no AVA, e os alunos colocaram que Estatística foi muito difícil, pois eles tinham uma base do ensino fundamental muito ruim, o que aumentou o grau de dificuldade da disciplina, Outra considerada muito difícil foi Estudo Linguístico de Textos Publicitários, que aborda questões como Semiótica, e novamente foi apontada a falta de base do ensino fundamental e médio para uma matéria tão complexa. Interrompi o grupo, afirmando que a IES oferece oficinas de Língua Portuguesa e Matemática, gratuitamente e também no AVA, para que os alunos recuperassem esses conteúdos, ao que o aluno 4 respondeu prontamente “professora, a senhora sabe que a gente faz essas oficinas por fazer, só para ganhar horas de Atividades Complementares”. Sobre as melhores disciplinas, foram apontadas Responsabilidade Socioambiental e Meio Ambiente e Direitos Humanos, segundo os alunos, por serem matérias “fáceis para passar de ano” (aluno 4), cujos conteúdos não passam de “senso comum, que não agregaram nenhum conhecimento novo” (aluna 5). Questionados sobre considerarem melhor as disciplinas nas quais não aprenderam nada, a aluna 2 disse que “já que era para ficar sem fazer nada, que pelo menos não fossem reprovados”. Perguntados sobre se consideravam alguma aula adequada para o AVA, responderam Teoria Geral da Administração, Estética e História da Arte e Teorias da Comunicação. Os estudantes 1 e 2 disseram que “as aulas no último ano podiam ser todas online, para a gente ter mais tempo para o TCC”.

Os estudantes da 1ª série apontaram a dificuldade para acessar as aulas como um grande problema das aulas virtuais e para o estudante 7, o grande problema das aulas AVA é que a faculdade não oferece internet wi-fi para aqueles que tem notebook ou tablet e os laboratórios não são suficientes para a quantidade de alunos, além de estarem sucateados. Também acharam que a existência de um tutor presencial seria melhor do que o tutor virtual.

O aluno 6 declarou que ficou reprovado em uma disciplina AVA porque o sistema não contabilizava suas frequências, o que abriu espaço para discussão de várias queixas em relação ao sistema utilizado. Os alunos também observaram que nem todos os alunos têm computador bom ou internet rápida em casa, “aí não dá para ver os vídeos” (aluno 4).

Perguntados sobre a questão da interação com o docente da matéria, o aluno 7 foi categórico ao afirmar que não existia um professor. O estudante 3 falou que o professor era quem apresentava os vídeos postados no Moodle, mas não era ele quem corrigia os trabalhos e provas. Os alunos 7 e 8, da 1ª série, que ainda não tinham feito provas das disciplinas AVA perguntaram como eram e a resposta do aluno 6 foi “não se preocupa, é fácil pra colar. É teste e o professor que aplica nem é nosso professor e não tá nem aí se você tá colando”, ao que a aluna 5 disse “é fácil pra colar, mas as provas são muito difíceis. Eu acho que a gente não aprende nas aulas online igual a gente aprende nas aulas normais, só que a cobrança das provas é muito maior. Os professores da gente são mais legais, dão chance, ajudam a gente. Na aula online não, a gente tem prazo pra tudo, não aceita depois, nem que a culpa seja da faculdade porque o site tá fora do ar no dia da entrega”, ao que o aluno 1 disse “tem gente que acha que a faculdade tira o site do ar de propósito no dia da entrega dos trabalhos, para que a gente tenha que pagar a recuperação”.

Outro ponto definidor das aulas EAD é a interação com os colegas, pois ela se dá muito diferentemente da relação na sala de aula presencial. Nas aulas AVA, o sistema cria grupos de alunos para estudos entre as diversas unidades, de maneira que eles não se conhecem fisicamente. A aluna 2 disse que “uma vez, tinha um trabalho que ficou na mão de um outro aluno de outra unidade, só que ele desistiu do curso e não avisou ninguém. Todo mundo ficou com nota zero no trabalho”. Os demais alunos não acharam esse ponto tão ruim, pois, segundo a aluna 5, “os alunos têm que saber suas responsabilidades, não importa se a aula é de verdade ou não, a gente tem que estudar senão quem é prejudicado é a gente mesmo”. Perguntados sobre a realização dos trabalhos, individuais ou em grupo, o aluno 1 disse “quando a gente tava no 1º ano, eu peguei o trabalho da Wikipédia, postei no site e tirei dez. Aí depois meu grupo fez a mesma coisa numa aula e o professor deu zero pra gente, mas aí ele ficou com dó e mandou refazer valendo menos. Ele falou que era plágio, mas a gente não sabia.” Perguntados se essa situação modificou o comportamento deles, ele respondeu “nas aulas online a gente continua copiando, muda uma coisinha e só. Nas aulas a gente tenta pesquisar mais, em outros sites, outros blogs”.

Os encontros presenciais acontecem apenas no dia da prova, e com professores escolhidos aleatoriamente pela instituição para a aplicação e correção das mesmas, mediante gabaritos. O aluno 6 disse que a classe dele organizava grupos de estudos para as aulas online, seguindo orientações da coordenação, mas que “no final do semestre, ninguém mais vai, fica todo mundo fazendo os trabalhos das outras matérias”. O aluno 7 disse “não aprendo nada com aulas online, pra mim é bem melhor quando a gente tem aula de verdade”.

O mercado de trabalho é uma preocupação para todos os universitários, e ao serem questionados se eles acham que as aulas no AVA ajudam ou atrapalham, o aluno 1 respondeu “ah, isso depende do aluno. Depende um pouco da faculdade, do nome dela, mas depende mais do aluno. Se ele teve aula com professor e não estudou, ele também não aprendeu nada”. A aluna 3 disse que “em uma entrevista de emprego me perguntaram se eu tinha aulas online e se eu tinha passado nelas”. Apresentei a ideia de que a aula online torna o aluno mais proativo e autônomo, o que o aluno 6 respondeu “se a gente ficar melhor por causa da aula online, então vale”. Ao ser observado que o que faz o aluno ficar melhor é o estudo e o esforço pessoal, o aluno 4 respondeu “é, mas nem sempre a gente faz isso...”

Sobre a plataforma utilizada, o Moodle, o aluno 1 resumiu “a gente vê um vídeo, que o professor fica lendo o PowerPoint, depois a gente tem um texto pra ler e os exercícios para avaliação, que a gente anota as respostas certas para tirar nota alta. Tem também os trabalhos, alguns individuais, outros em grupo com quem a gente nem conhece. Aí tem a prova presencial, que é bem difícil”. Perguntados se acham esse método diferente da aula presencial, o estudante 8 respondeu “Acho que só serve pra faculdade ganhar mais dinheiro porque não tem que pagar o professor”. Ao serem perguntados se colocam dúvidas no fórum, o aluno 6 perguntou “tem isso lá?” e a aluna 2 respondeu “tem sim, mas o tutor não entende a pergunta e responde qualquer coisa”.

Perguntados sobre como tornar a aula online mais atrativa, o aluno 7 repetiu “eu pago para ter aula presencial, não a distância”. Os alunos da 7ª série disseram que se tivesse sido ensinado como usar o AVA, seria melhor. “A gente não sabia mexer no computador, a gente não tinha computador em casa” (aluno 2), “uma vez eu gravei no celular a aula de um professor, ficou igual a aula do AVA” (aluno 4).
Introduzi o tema das redes sociais e perguntei “eu envio para vocês, pelo Twitter, os eventos, cursos, dicas de leitura e outras informações para as Atividades Complementares. Vocês recebem?”, ao que a maioria respondeu que sim. “Vocês acham isso útil?”, e obtive mais uma resposta positiva. “Então, e esse modo de usar as redes sociais, vocês acham que servem para as aulas a distância? Como vocês acham que poderia ser utilizado?”

O aluno 1 disse que seria interessante se as aulas online fossem “mais dinâmicas”, a aluna 3 disse que “ficaria mais motivada a fazer as aulas online se eu soubesse que tem alguém lendo de verdade o que eu faço” e até o aluno 7 disse que “seria bom se a gente tivesse resposta do que a gente faz e se as aulas fossem melhores”. E de que maneira essas aulas seriam melhores? “Por exemplo, eu trabalho numa empresa que tem filial em outro Estado, às vezes a gente faz reuniões usando teleconferência, então todo mundo aprende com os problemas e com as soluções que foram tomadas” (aluna 5). Perguntados sobre quais poderiam ser as redes utilizadas, foram pontuadas Facebook, YouTube, Twitter, blogs. Aluna 2 disse “a gente usa as redes sociais o tempo todo. Quando a aula tá chata, a gente fica no Facebook, ia ser bom se a gente pudesse aproveitar para aprender alguma coisa, porque na maioria do tempo a gente fica a toa”. O aluno 6 disse “tem tantas redes sociais, teve um trabalho que a gente teve que fazer uma propaganda, a gente podia ter postado no YouTube, por exemplo, e ver os comentários como avaliação”. O aluno 7 concordou com a ideia “É mesmo, a gente podia até ficar famoso”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar da grande resistência às aulas no AVA, tanto por parte do corpo discente como do corpo docente, isto é uma realidade e as IES continuarão as utilizando enquanto for possível.

O corpo docente considera o uso das aulas a distância como uma maneira de diminuir o custo com capital humano, pois, dessa maneira, os professores doutores, mais caros para a instituição, se tornam supérfluos e os tutores, professores especialistas que recebem por quantidade de alunos e não por hora-aula, recebem menos. Também não há interesse de maior qualificação do material humano, para garantir uma folha de pagamento menos onerosa.

Por sua vez, o corpo discente acredita que as aulas no AVA não são aulas de verdade, pois acham que é melhor ter um professor presencial. Como foi observado nas entrevistas, os alunos acreditam que aprendem mais com o professor ao lado e que as aulas AVA poderiam ser melhor aproveitadas se no final do curso, para terem tempo livre, o que é um erro conceitual.

Ambos, docentes e discentes, estão presos em um paradigma de professor presencial e sala de aula fechada em quatro paredes, entretanto, nosso mundo hoje está mudando para uma virtualidade cada vez maior. Acreditamos que as aulas no AVA devam ser melhoradas em seu conceito e conteúdo, pois do jeito que estão, elas reproduzem o modelo presencial, transmitido através da internet, seja em atividades síncronas ou assíncronas. O uso das redes sociais pode quebrar esse preconceito, como colocados pelos próprios alunos nesse artigo. Deve ser mudada também a impressão que aula online não é aula de verdade, o que acontecerá quando os alunos perceberem o quanto aprenderam com essa metodologia. Já para os docentes, as aulas online muitas vezes significa muito mais trabalho, e as IES devem entender que a remuneração dos mesmos deve seguir o volume de trabalho e a qualidade do mesmo, para que todos entendam que a contemporaneidade inclui a tecnologia e somos dependentes dela de maneira inexorável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] PIVA Jr, Dilermando [et al.]. EAD na prática: planejamento, métodos e ambientes de educação online. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
[2] MAIA, Carmem e MATTAR, João. ABC da EAD: a educação a distância hoje. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
[3] SEMLER, Ricardo; DIMENSTEIN, Gilberto; COSTA, Antonio. Escola sem sala de aula. 2 ed. Campinas, SP: Papirus, 2004.
[4] COLL, César; MONEREO, Carles. Educação e aprendizagem no século XXI. In COLL, César; MONEREO, Carles (orgs.). Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010.
[5] Duarte, Jorge. Entrevista em profundidade. In DUARTE, Jorge e BARROS, Antonio (orgs.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2005.
[6] COSTA, Maria Eugênia Belczak. Gupo focal. In DUARTE, Jorge e BARROS, Antonio (orgs.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2005.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

TECNOLOGIAS DIGITAIS NA APRENDIZAGEM

No 3º People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação, serão apresentados trabalhos do Brasil todo sobre essa nova geração e como os educadores devem trabalhar com esse novo perfil!

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TECNOLOGIAS DIGITAIS NA APRENDIZAGEM

Esse artigo foi apresentado no II People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação.

Título: As tecnologias digitais como dispositivos de produção de subjetividade e aprendizagem

Autores: 
Rosária Ilgenfritz Sperotto
Maria Simone Debacco
Hector Medina Gomes
Júlio César Madeira
Rodrigo Inácio de Castro
Antoniela Rodrigues Martins

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RESUMO

A pesquisa decorre de resultados de estudos anteriores desenvolvidos com 320 estudantes, nativos digitais (nascidos nos anos 90), do ensino médio das redes pública e privada, em Pelotas/RS, Brasil. Analisou-se como estes jovens utilizam as Tecnologias de Comunicação e Informação. Com isto, percebeu-se que as conexões possibilitadas pela Internet, através das tecnologias suportadas por ela (as mídias sociais e os jogos em rede), oportunizam o desenvolvimento de habilidades cognitivas diferenciadas das avaliadas nas instituições escolares. Outro achado foi que os Sites de Redes Sociais (SRS) desencadeiam novas constituições subjetivas, onde as experiências cotidianas apontam modos de produção deconhecimentos, aprendizagens e sociabilidades que se potencializam através da interação em rede. Hoje, muitos do estudantes investigados frequentam diversos cursos de graduação nas Instituições de Ensino Superior(IES) do Rio Grande do Sul. Sendo assim, busca-se investigar como os estudantes que fizeram parte da primeira pesquisa estão utilizando as mídias sociais contemporâneas, mais especificamente os SRS, e que práticas, realizadas pelos estudantes, propiciam produção de conhecimentos, aprendizagens e de subjetividades. Estes aspectos serão investigados, a partir do acompanhamento e análise das interações destes estudantes no site de rede social Facebook. A metodologia definida como método de coleta e análise na referente pesquisa é a cartografia e a netnografia . Desta forma, procura-se dar maior visibilidade para o tema, incentivando e contribuindo para a reflexão crítica sobre novas práticas e metodologias que contemplem o uso das mídias sociais como ferramentas pedagógicas, aumentado as possibilidades de ações dos professores junto aos estudantes.
Palavras-chave: mídias sociais, aprendizagens, subjetividades.



CONTEXTUALIZAÇÃO
Este projeto de pesquisa resulta das investigações iniciadas em 20077, com 320 estudantes do ensino médio (nascidos nos anos 90) que, naquela ocasião, já apontavam uma expressiva utilização das mídias sociais8 disponíveis na época.
Apresentaremos brevemente a síntese do estudo desenvolvido: o levantamento de dados aconteceu por meio do preenchimento de questionário semi-estruturado, na escola privada os estudantes preencheram o inventário de investigação no laboratório de informática, os computadores estavam conectados em rede e automaticamente os dados eram digitalizados; na escola pública havia laboratório de informática, porém não havia conexão em rede, em virtude disso os estudantes preencheram o mesmo em folha impressa e os dados foram digitados, as análises dos dados de ambas as escolas foram feitas tendo como referência a etnografia virtual e a cartografia. As questões estruturadas receberam tratamento estatísco. Entramos em contato com os professores, destes estudantes, e solicitamos que eles também respondessem o questionário; concordaram e optaram por utilizar a versão impressa, embora, dos 82 professores, 26 questionários foram respondidos e entregues e, todos da Rede de Ensino Privada.
Destacamos a seguir alguns dos achados: os estudantes acessavam diariamente a Internet; acessavam a Wikipedia para realizar trabalhos escolares e o MSN (chat on-line) para comunicarem-se entre si. Todos os estudantes tinham perfil no Sites de Rede Social Orkut, as turmas de estudantes possuíam comunidades no Orkut para comunicarem-se entre si, fora do espaço da sala de aula. Os 320 estudantes, além dos software e serviços citados anteriormente, ainda utilizavam outras mídias sociais como: Fotologs, Blogs, jogos eletrônicos (on-line). Também identificou-se o uso do telefone celular e o serviço de e-mail. O primeiro, utilizado para o envio de mensagens de texto (SMS); jogos e escutar músicas. Já o E-mail, no contexto escolar, se restringia ao envio de trabalhos e atividades aos professores. Vale comentar, também, que o tempo diário de permanência on-line era, em média, de seis horas. Destaca-se, ainda, que no período da coleta de dados (2008) foi constatado que não ocorria o acesso à Internet via telefone celular por parte destes estudantes. Em relação aos professores, dos 26 que devolveram os questionários respondidos: 5 utilizavam o MSN, 6 possuíam perfil no ORKUT; os 26 professores utlizavam o e-mail diariamente como forma de comunicação. Houve a devolução dos dados pela equipe de pesquisa para os diretores e professores Os dados supracitados ratificam que nos últimos anos, as mídias sociais fazem parte da vida cotidiana destes estudantes, merecendo destaque a expressiva utilização dos SRS como uma forma sociabilidade.
Constatou-se que tanto para estudantes como para os professores a Internet é uma ferramenta tecnológica pedagógica que serve para pesquisar conteúdos à realização das tarefas escolares e para enviar e receber e-mails de professores. Percebese, não apenas como pesquisador, mas na prática diária como usuário destas tecnologias, que houve um considerável avanço e uma ampliação de diversas possibilidades de comunicação, interação, consumo e produção de conteúdo (de forma colaborativa) através destas mídias. Destacam-se entre as mídias sociais os Sites de Redes Sociais, que desencadeiam diferentes constituições subjetivas, onde as experiências cotidianas apontam diversos modos de produção de conhecimentos,aprendizagens e sociabilidades que se atualizam através da interação em rede. Portanto, é neste sentido que voltamos a acompanhar estes mesmos jovens estudados em 2007, a fim de identificarmos e analisarmos como eles estão se apropriando destas mídias e se as práticas realizadas promovem aprendizagens e construção de conhecimento.



PROBLEMA
Quais subjetividades, que resultam de/em compartilhamentos, interações e aprendizagens, estão sendo constituídas pelos jovens estudantes a partir da utilização das mídias sociais contemporâneas, mais específicamente no Facebook?



QUALIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Esta pesquisa foca temas ligados às transformações contemporâneas em relação aos novos modos de aprendizagens, produção de conhecimentos e sociabilidades produzidos no campo virtual, onde as Midias Socais, especialmente os SRS, estão sendo propulsores de novas formas de aprendizagens. Da profusão interativa entre as pessoas, no campo virtual, emergem características de aprendizagens e de sociabilidades não existentes antes da Internet. Consta-se hoje que as tecnologias disponíveis, por sua rápida evolução, e por serem mais acessíveis e atraentes, potencializam os níveis de conexões, contatos e interações on line. A quantidade de informações se avoluma em tempos cada vez menores. Tais mudanças alteram os modos de existência e outras constituições subjetivas estão sendo engendradas no contemporâneo (SPEROTTO, 2002, 2006, 2011). Bem como a produção do conhecimento , as interações on line e as aprendizagens, constituem uma subjetividade que é individual e coletiva (GUATTARI,1992).
Ousamos afirmar que as pessoas estão sendo constituídas em meio a esses dispositivos tecnológicos, que se apresentam diferentes dos que existiam antes do advento da proliferação das Mídias Digitais, o que implica no surgimento de outras 7 Esta pesquisa teve como objetivo principal conhecer como os estudantes utilizavam as Mídias Digitais buscando perceber como as Tecnologias de Comunicação e Informação influenciavam o aprendizado escolar. Também foram investigados os professores, porém eles não constituíram.
Mídias Sociais são ferramentas on-line utilizadas para a divulgação de conteúdo ao mesmo tempo em que permitem alguma interação entre os usuários. As mídias sociais possuem categorias como, por exemplo, as Redes Sociais. Neste trabalho consideramos as mídias sociais, também, como técnologias (dispositivos) produtoras de subjetividades, segundo os pré-supostos teóricos de Michael Focault.
Sites de Redes Sociais,(RECUERO,2009)
Trata-se de aprendizagens interativas. A aprendizagem interativa e coletiva é uma realidade contemporânea, onde a Internet produz, enfim novas subjetividades e aprendizagens (GUATTARI,1999). A Internet é um instrumento de desenvolvimento social que possibilita a partilha da memória, da percepção, da imaginação, das sensações, resultando numa aprendizagem coletiva, advindas de explorações entre grupos humanos, destaca Levy (1997).
A partir do final do século XX, nas diversas áreas das humanidades e das ciências,alardeia-se “um sentimento crescente de desconforto e pressentimento a respeito da sorte do sujeito” (SANTAELLA, 2004, p.45). Cresce a preocupação em torno de uma “crise do eu” ou“crise da subjetividade”, e passa-se então a criticar e rejeitar a definição de um sujeito universal, estável, unificado, racional, autônomo e individualizado. A imagem da subjetividade humana herdada do cogito cartesiano dominou o pensamento ocidental por alguns séculos. De acordo com este conceito, a existência do sujeito é idêntica ao seu pensamento. Trata-se da ideia de um sujeito racional, reflexivo, senhor no comando do pensamento e da ação, cujos pressupostos atravessam as filosofias kantiana, hegeliana, fenomenológica e até existencialista. Apesar da força com que perdurou no tempo, esta ideia de sujeito começou a perder seu poder de influência para ser, então, sumariamente questionada há duas ou três décadas, principalmente na obra de teóricos e filósofos pós-estruturalistas como Foucault, Deleuze, Guattari e Derrida. Passa a circular, no mudo acadêmico, a ideia da subjetividade como algo processual, parcial, precário e pré-pessoal. Não existe uma subjetividade que funcione como “recipiente” onde seriam depositadas coisas essencialmente exteriores a serem “interiorizadas”. Ao entender a subjetividade como um fluxo contínuo de modos de existir fabricado no entrecruzamento de instâncias sociais, técnicas, institucionais e individuais (GUATTARI, 1999), radicaliza-se o entendimento das possibilidades de constituição de modos de ser. Assim, é possível considerar que todos os sujeitos e coletivos humanos, todas as tecnologias, instituições e produtos culturais produzem subjetividades, que nunca são “dadas” ou “acabadas”, mas estão sempre em processos de constituições. Dentro de uma série de dispositivos que produzem novos modos de ser na contemporaneidade, destaca-se aqui a importância que a Internet vem tomando neste contexto. Além dos dispositivos “clássicos” de produção de subjetividade – escola, trabalho,empresa, família, etc – nos confrontamos hoje com um novo espaço antropológico (LÉVY, 1997), que, a todo momento, fabrica novos modos de ser: a Internet. Estes novos modos de se pensar espaços sociais acabam por se constituir de forma rizomática, transitória, desprendida do tempo e do espaço, baseada muito mais na cooperação e nas trocas do que na permanência dos laços (LÉVY, 1997). Através das Redes Sociais na Internet, torna-se possível encontrar zonas de proximidade onde pareceria impossível: compartilhamos ideias, conhecimentos, problemas, dificuldades, desejos, sentimentos - o que dificilmente seria possível fazer entre os que estão fisicamente próximos de nós. Por site de rede social, entende-se aqui uma forma de comunicação mediada pelo computador que permite a “visibilidade e a articulação das Redes Sociais, a manutenção dos laços sociais estabelecidos no espaço offline” (RECUERO, 2009). Neste entendimento, podem constituir-se como Sites de Redes Sociais algumas ferramentas que não necessariamente foram criadas e planejadas com este intuito, mas que foram apropriadas pelos usuários de tal forma. Assim, podem ser entendidos como Sites de Redes Sociais: os flogs# (como porexemplo, o Flickr#), os blogs, as ferramentas de micro-blogging# (como o Twitter#), além de sistemas como Orkut# e Facebook#, mais comumente entendidos como “Redes Sociais”. Deste novo sistema de referência, destacam-se alguns elementos que servem como alusão de uma cartografia a ser desenhada, na intenção de vislumbrar como se dá a produção desta “subjetividade em rede”. Sendo assim, ferramentas e pessoas passam a constituir uma rede híbrida: um espaço onde diferentes tipos de conhecimentos, crenças, desejos e atitudes podem associar-se de maneira livre. Entende-se, então, que o espaço viabilizado por estas redes pode operar não só como extensão da sala de aula, mas possibilita outras aprendizagens e compartilhamentos, deixando aparecerem outros modos de ser estudante (MARGARITES, 2011). Percebe-se que a crescente importância do ciberespaço na vida contemporânea tem transformado a maneira de relacionar-se com o tempo e com o espaço.Em relação ao espaço, ao mesmo que se dá uma dissolução das distâncias geográficas – no sentido de que é possível entrarem contato com realidades absolutamente diferentes daquelas a qual se estariam expostos sem a Internet –, também há uma necessidade de “localizar” sua presença na rede. .(MARGARITTES & SPEROTTO, 2011b). Ousamos dizer que os tempos e os espaços estendidos abrem campos de experimentação para outras aprendizagens e sociabilidades mediadas por ferramentas tecnológicas, uma vez que a educação e a formação de sujeitos não ocorre somente nos espaços formais/tradicionais como a escola e a família, mas também através da mídias sociais que nos ensinam outros modos de ser e estar no mundo, cujos espaços de conhecimentos, crenças, desejos e atitudes podem associar-se de maneira ou de outra.
Em nossas listas de reprodução do YouTube, encontram-se lado a lado obras clássicas, clipes musicais, palestras e vídeos que gravamos com imagens de nossas famílias e amigos.(MARGARITTES & SPEROTTO, 2011b). Os “compartilhamentos” supracitados mostram algumas das diferentes possibilidades, formas, hábitos, velocidades e conexões que as Mídias Sociais oportunizam. Considerando as questões observadas, pensamos que as interações entre estudantes nos Sites de Redes Sociais na Internet favorecem o surgimento de outros modos de “formar-se” enquanto sujeito, professor, estudante, profissional. As redes abrem espaço para novas formas de colaboração e compartilhamento, favorecendo o aparecimento de diferentes referências e modos de vida; ao mesmo tempo, o “estar em rede” imprime outro ritmo às vidas dos que se conectam, dissolvendo as relações geográficas e temporais que estabelecemos até então. Entre tantas modificações, nos cabe ainda indagar: em meio à produção massiva em nível mundial de certos modos de ser, é possível pensar em produzir subjetividades singulares, que escapem às modelizações dominantes neste mundo hiperconectado?
Desse modo, a proposta de pesquisa objetiva investigar como os jovens interagem, aprendem e compartilham conhecimentos transitando entre as Mídias Sociais. Trata-se de um modo de educar-(se) que amplia os laços de sociabilidade em um mundo que se potencializa entre interações e partilhas coletivas entre as pessoas que interagem nos SRS. Talvez, as Mídias Sociais,em especial o SRS Facebook, ao mesmo tempo em que nos impõem determinados modos de ser, também nos ofereçem brechas para fabricarmos outros modos de investigar,: afinal de contas, é sempre possível atrever-se a singularizar.


OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
Temos como objetivo geral identificar as potencialidades dos Sites de Redes Sociais (SRS), principalmente do Facebook, como uma ferramenta que oportuniza produções de conhecimentos, assim como, novas formas de aprendizagens, subjetividades e sociabilidades, problematizando a sua utilização no contexto educacional como ferramenta pedagógica, a fim de apontar possibilidades de ações e de intervenções no campo do ensino universitário que contemplem o uso destas tecnologias. São objetivos específicos: (1) Mapear as possibilidades que os Sites de Redes Sociais, mais especificamente o Facebook, promovem para a construção e compartilhamento de conhecimentos; (2) conhecer outras mídias sociais e aplicativos que apresentem potencial pedagógico e que estejam sendo utilizados pelos estudantes de maneira integrada ao Facebook; (3) analisar o Facebook como dispositivo de aprendizagem; (4) verificar e registrar o conceito que os estudantes possuem sobre o Facebook e demais mídias sociais como ambientes/ferramentas de aprendizagem; (5) Identificar como as mídias sociais estão sendo utilizadas nos diferentes cursos de Instituições de Ensino Superior onde os estudantes estão matriculados.
METODOLOGIA
Este estudo opera no campo da cartografia, servindo-se das contribuições metodológicas da etnografia virtual para a coleta de dados. A cartografia é um modo de olhar que considera os coletivos humanos, as tecnologias e os discursos como produtores de subjetividades que nunca estão “dadas” ou “acabadas”, mas sempre em processo de constituição. Assim, a cartografia permite aproximações diferenciadas ao campo de pesquisa por estar aberta aos movimentos, aos desvios, à diversidade. O método cartográfico trata de processos construídos durante a sua efetuação, ou seja: não se busca estabelecer um caminho linear para atingir um fim, mas construir um caminho de acordo com as demandas e necessidades que surgem no decurso dos acontecimentos e dos efeitos das proposições nos corpos dos sujeitos. Cabe ao cartógrafo captar as forças que se exercem neste campo e dar-lhes visibilidade. Para Rolnik (2007), o cartógrafo é alguém com tipo de sensibilidade que permita perceber as co-existências entre as macro e micropolíticas, complementares e indissociáveis na produção da realidade social.
A cartografia portanto, oferece subsídios para o pesquisador abordar os “achados” permitindo aproximações de múltiplas produções discursivas. De acordo com Kastrup (2007) o que importa é especular materiais de qualquer procedência e utilizar estratégias que possam servir para cunhar matéria de expressão e criação de sentidos. Deleuze e Guattari (1995) sublinham que a cartografia é uma performance que comporta elasticidade e ritmos num processo de produção do conhecimento, ou seja, nem objetivismo nem subjetivismo, mas um método de autoprodução. Pode-se dizer que a busca do cartógrafo pesquisador em campo está em colocar-se à espreita por meio do olhar, do fazer, do narrar, na busca de sentidos e expressão de singularidades a cada momento, a cada manifestação, a cada nova experimentação. O cartógrafo está sempre em busca de quaisquer elementos que possam fornecer pistas, rastros que possam vir a compor suas cartografias, e que respondam à pergunta: que subjetividades estão sendo constituídas?
Os processos que constituem subjetividades, segundo Guattari (1999), “não são resultado da somatória de subjetividades individuais, mas sim do confronto com as maneiras com que, hoje, se fabrica a subjetividade em escala planetária” (p. 37). Desta forma, a produção de subjetividade não pode ser investigada apenas através do contato do pesquisador com cada um dos sujeitos, mas também através da observação nos espaços de relação “entre” estes sujeitos - das conexões entre os sujeitos. Neste aspecto, a cartografia, quando trata das redes sociais na internet, tem a vantagem de trabalhar com dados que permanecem “visíveis”, registrados na rede. ((MARGARITES, 2011). O método cartográfico “visa acompanhar um processo e não representar um objeto” (Kastrup, 2007, p.2). A cartografia, então, é uma espécie de tentativa de se criar um mapa em movimento dos processos de constituição de subjetividade. O cartógrafo-pesquisador é atento às surpresas e aos descaminhos, pois é do inesperado que podem emergir as questões instigantes, as singularidades mais desafiadoras. De um lado temos a cartografia como forma de ‘olhar os dados’ e de outro temos a etnografia virtual como método de captura e de coleta destes dados, cuja ênfase está numa proposta de investigação na Internet que enriquece as vertentes da perspectiva de inovação e melhoramento social dentro do espectro do enfoque qualitativo de metodologia e prática social (FRAGOSO; RECUERO; AMARAL, 2011;KOZINETS,2002, 2010,2008).
O termo etnografia virtual ou “netnografia” foi cunhado a partir da década de oitenta por Robert V. Kozinets (1998), especialista em marketing com interesse especial em cibermarketing. Segundo o autor, (KOZINETS, 1998), a netnografia, ou etnografia virtual, compreende tanto o trabalho de campo como a descrição textual e são metodologicamente conduzidas pelas tradições e técnicas da antropologia cultural. Resulta do trabalho de campo que estuda as culturas e comunidades on-line emergentes, mediadas por computador, ou comunicações baseadas na Internet, requerem métodos de “pesquisa on-line” adaptados e pertinentes a esta realidade. Independente do termo utilizado, um fato interessante a se considerar é que o incremento de pesquisas de cunho antropológico no ciberespaço é um sinal de que a Internet não é mais apenas considerada um artefato cultural passando a ser considerada também como um contexto cultural (ou espaço por onde se configuram territórios e subjetividades).. Na visão de Kozinets (1997), a netnografia pode ser utilizada de três maneiras: a) como metodologia para estudar comunidades virtuais puras; b) como metodologia para estudar comunidades virtuais derivadas; c) como ferramenta exploratória para estudar diversos assuntos. Para este autor, as comunidades virtuais puras são aquelas cujas únicas interações se dão nas comunicações mediadas pelo computador. Assim, no âmbito desta pesquisa, a coleta e as análises dos dados buscam ancoragem nas proposições metodológicas supacitadas.

ETAPAS DA PESQUISA
Esta pesquisa será desenvolvida articulando dinâmicamente as 4 etapas, que se subdividem em outros micro processos:
A primeira etapa é composta pelos seguintes processos: (1) Formação do grupo de estudantes (Estudantes de iniciação científica, estudantes voluntários da graduação e mestrandos da UFPEL) e pesquisadores envolvidos, objetivando estabelecer a distribuição das ações para cada membro do grupo. Utilizando um grupo privado dentro do Facebook como ferramenta de comunicação, compartilhamento de informação e para a discussão de demais temas referentes à pesquisa. (2) Levantamento bibliográfico, fichamentos e a sistematização das informações sobre os temas e metodologias que compõem corpo teórico da pesquisa. (3) A partir das lista de nomes que consta no banco de dados da pesquisa anterior (2007), realizaremos o rastreamento dos 320 estudantes buscando identificar o perfil de cada um no Facebook. E assim, solicitar a participação nesta pesquisa. Nesta fase é necessário esclarecer aos estudantes que não haverá divulgação da identificados dos dados coletados quando analisados e publicados; sendo assim, solicitaremos o preenchimento de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (este termo será preenchido on-line), informando aos participantes os objetivos e procedimentos adotados ao longo do estudo. (4) Criação de uma página do Facebook (fan page) que servirá como canal de comunicação e interação entre o grupo de pesquisa e os sujeitos estudados. As Análises dos resultados da investigação serão sistemáticamente apresentadas aos estudantes envolvidos, através desta página onde disponibilizaremos os resultados obtidos e abriremos espaços para comentários e demais discussões. Desta forma, esta página também atuará como um veículo de divulgação de informações a cerca da pesquisa, ampliando a sua visibilidade e promovendo o reconhecimento, por parte dos estudantes, da relevância de suas contribuições para o desenvolvimento do estudo. Pretende-se com isso despertar o interesse dos estudantes e aguçar-lhes a curiosidade para perceberem que a produção do conhecimento pode acontecer por trocas partilhadas e potencializadas em rede. (5) Reuniões semanais com estudantes e professores envolvidos na pesquisa.
Na segunda etapa realizaremos: (1) Planejamento e montagem de um questionário com a ferramenta de formulários do Google Docs, seguido da sua publicação (disponibilizá-lo on-line) para, então, passarmos a convidar os alunos, através do Facebook, para o preenchimento. Este instrumento conterá questões estruturadas e semi-estruturadas, de caráter qualiquantitativo. (2) Produção de análises parciais dos dados recolhidos através dos questionários.
A terceira etapa é composta por: (1) Analisar os dados e apresentar, a partir de infográficos, os resultados aos sujeitos envolvidos, através da publicação destes dados na página do Facebook, onde abriremos espaços para comentários e demais discussões. Desta forma, esta página também atuará como um veículo de divulgação de informações a cerca da pesquisa, ampliando a sua visibilidade e promovendo o reconhecimento, por parte dos estudantes, da relevância de suas contribuições para o desenvolvimento do estudo. Pretende-se com isso despertar o interesse dos estudantes e aguçar-lhes a curiosidade para perceberem que a produção do conhecimento pode acontecer por trocas partilhadas e potencializadas em rede. (2) Examinar as interações destes estudantes a partir do monitoramento dos seus perfis no Facebook, a fim de identificar como os espaços viabilizados pelas Redes Sociais da Internet operam como extensão da sala de aula e de que forma possibilitam a invenção de outras aprendizagens, modos de interação e partilha de conhecimentos. (3) Descrição da cartografia da subjetividade, os modos de aprendizagens, produções de conhecimentos e sociabilidades visibilizadas nas análises dos dados coletados e na profusão interativa entre as pessoas, no campo virtual. (4) Análises parciais dos dados e encaminhamento de artigos para eventos científicos da área, tendo como referencial teórico os subsídios teóricometodológicos da pesquisa. (5) Comunicação de resultados parciais por meio de participação em eventos da área e encaminhamento de artigos para periódicos especializados. (6) Reuniões semanais com estudantes e professores envolvidos na pesquisa.
A quarta etapa baseia-se nas análises conclusivas, compostas por: (1) Produção das análises conclusivas a partir dos dados coletados no questinário on-line e nas interações estabelecidas via página do Facebook. (2) Publicação de artigos em periódicos especializados, apresentação de trabalhos em congressos nacionais e internacionais, e ofertar oficinas e palestras para escolas e IES das públicas e privadas de ensino. Divulgação dos resultados finais da pesquisa, através da página do Facebook. (3) Reuniões semanais com estudantes e professores envolvidos na pesquisa.

METAS E RESULTADOS ESPERADOS
A pesquisapossui as seguintes metas: (1) Oportunizar debates, discussões e reflexões sobre utilização das mídias sociais por parte dos estudantes, professores,Instituições de Ensino Superior, escolas públicas e privadas; (2) contribuir com a produção científica na área das Tecnologias da Educação e da Comunicação, através da publicação de artigos científicos que enfatizem o tema central da investigação; (3) apresentar trabalhos em eventos científicos internacionais, nacionais, regionais e locais, possibilitando a divulgação e discussão sobre os achados da pesquisa; (4) organizar um evento científico regional sobre o tema, possibilitando o compartilhamento de pesquisas que estão sendo desenvolvidas; (5) congregar subsídios à formação de pesquisadores na área da educação (mestrandos, doutorandos e de iniciação científica). Como resultados esperados pensamos que os achados da pesquisa contribuirão para a reflexão crítica sobre novas práticas e metodologias que contemplem o uso das mídias sociais como ferramentas pedagógicas, aumentado as possibilidades de ações dos professores junto aos estudantes.

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