Total de visualizações de página

terça-feira, 30 de setembro de 2014

TWITTER COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Artigo apresentado no II People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação.

Conheça o Congresso. Ainda dá tempo de se inscrever! Clique aqui

Autores do Artigo: Jefferson de Oliveira Balduino, Karine Lôbo Castelano e Jame de Oliveira Balduino 





TWITTER COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE UMA TURMA DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ll


RESUMO:
O presente estudo tem como objetivo mostrar a importância do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs,) principalmente da ferramenta Twitter, envolvendo os conceitos de redes sociais para o ensino-aprendizagem dentro do contexto acadêmico, apresentando seus benefícios. Como metodologia, foram aplicados questionários na Escola Municipal Gilberto José Tanus Braz, em uma turma do 9º ano do ensino fundamental II. Os resultados mostraram que as redes sociais ajudam a criar conexões entre os atores, fazendo com que estes tirem o máximo de conhecimento para construírem o aprendizado. O uso do Twitter ajuda na interação entre alunos e professores, que compartilham pensamentos e disseminam informações sobre o que as pessoas pensam, tendo, portanto, feedback rápido. Tendo em vista os dados desta pesquisa, fica clara a necessidade de um planejamento estratégico da administração da escola e do corpo docente para que haja um resultado satisfatório. Com isso, a escola ganhará na qualidade do serviço prestado pelos professores, com a adaptação de novas tecnologias.


1 INTRODUÇÃO
É cada vez mais indispensável o uso da internet e suas ferramentas de comunicação no processo de ensino-aprendizagem, seja de maneira direta, utilizando o computador na sala de aula, seja por meio de pesquisas feitas por alunos em casa ou em lan houses.
A educação evolui à medida que as tecnologias vão surgindo e, aos poucos, estão sendo inseridas para facilitar no processo de ensino-aprendizagem, de forma a ajudar os profissionais da educação. Não se trata de um processo de substituição e sim de complementação, onde educadores e alunos terão diversos benefícios quanto às novas formas de metodologia de estudo, como por exemplo, o uso do Twitter para fornecer informações sobre um determinado conteúdo em uma disciplina. Ajuda também a criar facilidades para todos que precisam de capacitação para se manter no mercado de trabalho. Com esse avanço global, é importante que os educadores se preparem para utilizar as TICs e as Redes Sociais de forma correta, visando atingir os objetivos e garantir ao aluno um ensino de boa qualidade.
Nessa perspectiva, o presente estudo tem como objetivo mostrar a importância do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), principalmente da ferramenta Twitter, envolvendo os conceitos de redes sociais para o ensino-aprendizagem dentro do contexto acadêmico, apresentando seus benefícios. Como metodologia, foram aplicados questionários na Escola Municipal Gilberto José Tanus Braz, em uma turma do 9º ano do ensino fundamental II.

2 AS REDES SOCIAIS E AS TICs NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM
As redes sociais estão cada vez mais presentes na educação como recurso extra para o processo de ensino-aprendizagem e, para isso ocorrer de forma consistente, usam-se as tecnologias da informação e da comunicação (TICs).
Uma rede social é definida como um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos; os nós da rede) e suas conexões (interações ou laços sociais) (WASSERMAN; FAUST, 1994; DEGENNE; FORSÉ, 1999). Hoje em dia, é comum alunos utilizarem algum tipo de dispositivo no ambiente escolar, como os PDAs (Personal Digital Assistant), notebooks, celulares, entre outros. Assim, a ideia é utilizar-se dessas tecnologias no cotidiano da escola para trabalhos, aulas, atividades internas e externas, fazendo com que os alunos mantenham conexões entre eles e com outras pessoas para ampliarem seus conhecimentos.
As tecnologias são criadas e, portanto, estão disponíveis para serem utilizadas, contribuindo para que educadores e alunos possam compreender e entender os diversos processos que os ajudam a ter melhor desempenho escolar, como é o caso dos sites de redes sociais, que ajudam no compartilhamento e distribuição de conhecimento. Várias atividades poderiam ser desenvolvidas por meio do uso das TICs em redes sociais, propondo, por exemplo, discussões na web, e troca de informações usando chat e/ou sites de redes sociais – como é o caso do Twitter, exemplificado no próximo tópico.

3 TWITTER COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
É cada vez mais indispensável o uso da internet e suas ferramentas de comunicação no processo de ensino-aprendizagem, seja de maneira direta, utilizando o computador na sala de aula, seja por meio de pesquisas feitas por alunos em seus computadores em casa ou em lan houses.
O Twitter foi fundado em 26 de março de 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams e Biz Stone. Surgiu em uma reunião, durante um brainstorming (tempestade de ideias). Logo depois, formou-se um conceito global sobre o serviço que seria oferecido e que tinha como finalidade enviar mensagens curtas por meio de dispositivos móveis, onde as pessoas poderiam responder imediatamente.
A palavra Twitter apresenta dois significados: “uma pequena explosão de informações inconsequentes” e “pios de pássaros”. Trata-se de um microblogging que permite enviar atualizações contendo apenas texto com no máximo 140 caracteres, sendo um novo meio de comunicação para as redes sociais.
“O que você está fazendo agora?” Tal pergunta caracteriza o serviço de tal forma que todos saibam o que outras pessoas estão fazendo, incluindo empresas, escolas, entre outros estabelecimentos.
Tendo isso em vista, os principais objetivos dos usuários da rede social Twitter são: ler notícias; manter-se informado; saber aonde os amigos vão; divulgar os posts; e divulgar eventos.
Por ser um serviço que usa apenas 140 caracteres, o Twitter faz com que os usuários escrevam de forma compacta suas informações, levando em consideração o significado das informações que serão postadas. Com isso, é possível observar uma internet mais inteligente, capaz de lidar com contextos e interpretações. O uso das hashtags (que divulgam informações no Twitter e ao mesmo tempo as organiza) contribui para esse processo, no qual colabora para que os mecanismos de buscas procurem por conteúdos específicos, já que a união das informações relacionadas a um determinado conteúdo pode gerar conhecimento na rede social, com a ajuda das novas tecnologias.


4 METODOLOGIA
Tendo em vista os objetivos deste trabalho, foi escolhido o survey como método de pesquisa. Segundo Babbie (2005), os métodos de survey são utilizados para estudar uma amostra da população e, desse modo, obter estimativas sobre sua natureza. Para Babbie (2005), o objetivo do questionário é obter informações para análise, permitindo alcance rápido a um grande número de participantes.
Nessa perspectiva, os questionários foram aplicados na Escola Municipal Gilberto José Tanus Braz, situada na cidade de Muriaé/MG. Foram selecionados alunos do 9º ano do ensino fundamental II, pois são os que têm melhor maturidade para lidar com as ferramentas.
O questionário, elaborado com base no trabalho de Hirsch (2007), abrange questões que fornecem dados sobre os professores, os alunos e a escola, a saber: formação dos professores, o tempo em que se está trabalhando na escola, as atividades realizadas, os níveis de ensino contemplados com essas atividades, os recursos disponíveis para a realização das aulas, as necessidades dos professores, bem como o conhecimento e interesse dos alunos nas TICs. Depois de obtidos os dados primários, iniciou-se a etapa de codificação e tabulação dos mesmos para posterior análise dos resultados.
Para alcançar os objetivos deste estudo, optou-se por adotar uma pesquisa de abordagem qualitativa e de caráter descritivo. Segundo Babbie (2005), a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial escrever as características de determinada população, bem como dos processos sociais e realidades vivenciadas e construídas por elas.
Foi aplicado um total de 46 questionários na escola escolhida. A seleção dos informantes foi feita com os critérios de “acessibilidade”, determinado por Vergara (1998). A acessibilidade refere-se à seleção dos informantes de acordo com as possibilidades de acesso.
As informações coletadas, bem como a análise dos dados, serão abordadas no próximo tópico.

5 ANÁLISE DOS DADOS
Segundo a diretora da Escola Municipal Gilberto José Tanus Braz, “o modelo de ensino-aprendizagem é a valorização do aluno como um todo, ou seja, o foco é o aluno”. Ela acredita que a inclusão das TICs é muito importante e que traz novos tipos de conhecimentos para as salas de aula, inclusive o amadurecimento dos alunos e professores. A escola teve interesse pela pesquisa, pois um dos problemas apontados pela diretora foi a falta de informação de alguns, que não sabem utilizar os computadores e os programas. Para a diretora, a inclusão de uma rede social poderia contribuir para o aprendizado do aluno, já que os professores poderiam adotar algumas metodologias, como tarefa para casa, caso o aluno possua computador e/ou uso do laboratório de informática em pequenos grupos.
A escola possui dois laboratórios de informática, cada um composto por 10 computadores. Um laboratório tem o sistema operacional Windows instalado nos computadores e outro tem o sistema operacional Linux. Ambos os laboratórios possuem ferramentas para tarefas escolares e acesso à internet, mas a conexão é lenta, fazendo com que o acesso não seja frequente.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste trabalho foi mostrar a importância do uso das TICs, principalmente da ferramenta Twitter, envolvendo os conceitos de redes sociais para o ensino-aprendizagem dentro do contexto acadêmico, apresentando seus benefícios.
As redes sociais ajudam a criar conexões entre os atores, fazendo com que estes tirem o máximo de conhecimento para construírem o aprendizado. O uso do Twitter ajuda na interação entre alunos e professores, que compartilham pensamentos e disseminam informações sobre o que as pessoas pensam, tendo, portanto, feedback rápido.
A partir dos resultados deste estudo, fica clara a necessidade de um planejamento estratégico da administração da escola e do corpo docente para que haja um resultado satisfatório. Com isso, a escola ganhará na qualidade do serviço prestado pelos professores, com a adaptação de novas tecnologias.
Como fase seguinte deste trabalho, pretende-se aplicar um projeto aos alunos do 9º ano, bem como inseri-lo aos outros ciclos da mesma escola a fim de se trabalhar com a interdisciplinaridade. Tal projeto deve mostrar as principais vantagens de se utilizar o Twitter e analisar as melhores ferramentas para integrar ao serviço. Pode-se dizer que o laboratório de informática é pouco aproveitado porque faltam ideias, motivação e treinamento, mas com o um projeto criado e as etapas serem seguidas disciplinadamente, ajuda a tornar as aulas mais animadas, dando confiança e autonomia aos professores.

Para baixar o artigo na íntegra e ter acesso as tabelas e a pesquisa realizada clique aqui

Para conhecer novas práticas participe do congresso clique aqui


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BABBIE, E. Métodos de pesquisa de survey. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2005.
DEGENNE, A.; FORSÉ, M. Introducing Social Networks. Sage Publications, London, 1999.
HIRSCH, I. Música nas séries finais e no ensino médio: um survey com professores de Arte/Música de escolas estaduais da região sul do Rio Grande do Sul. 2007. Dissertação (Mestrado em música). Instituto de Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007.
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 2. ed. São Paulo, Atlas, 1998.
WASSERMAN, S.; FAUST, K. Social Network Analysis: Methods and Applications. Cambridge, Massachusetts: Cambridge University Press, 1994.

domingo, 28 de setembro de 2014

AGENTES MOTIVADORES E INIBIDORES DO USO DAS REDES SOCIAIS COMO PLATAFORMAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

 A presente experiência pretende mostrar os resultados do uso de uma Rede Social criada à partir da plataforma Ning, chamada de Rede UP! Educação em Rede como material complementar às aulas presenciais dos alunos da graduação do curso de Administração de uma Universidade da cidade de São Paulo. Os conteúdos foram gerados  em páginas dentro de grupos criados  com o nome “Ensinando Marketing nas Redes Sociais” como forma de material de apoio/complementar às aulas presenciais, explorando os recursos hipermídiaticos que a plataforma disponibiliza. O estudo também visa identificar o perfil netweaver dos membros da rede.


Autor do Artigo: Luciane Chiodi Nogueira - Pesquisa apresentada no II People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação.


Para saber mais sobre essa pesquisa e receber o artigo completo em PDF,  entre em contato comigo através do Email: luchiodi@hotmail.com

§  Redes Sociais


As redes sociais propiciadas pela web 2.0 é uma contribuição muito importante para o fortalecimento da inteligência coletiva. O potencial das redes de relacionamento para a construção da inteligência coletiva é uma das marcas da web 2.0. Mattar (2007, pg. 80) afirma que as redes sociais: “propiciam o estudo em grupo, oferecendo mecanismos para comunicação com outros usuários, tais como fóruns, chats, e-mail, recados ou mensagens instantâneas. Possibilitam também identificar pessoas que possuem interesses similares aos nossos e assim, criar uma rede por afinidades”.

As redes sociais também favorecem a colaboração e a participação e ainda permite que pessoas com os mesmos interesses comuns se encontrem. Os sites de relacionamento deixaram de ser apenas um site onde as pessoas se cadastravam com as suas características com o intuito de arrumar um namorado ou namorada. Porém de acordo com Spyer (2007, pg. 71): ”Esse conceito evoluiu para atender à demanda por relacionamento em outros níveis como o profissional e o social, ou ainda por temas de interesse específico”.
           
A rede social mais conhecida no Brasil é o orkut, e fora do Brasil é o MySpace, que oferece uma interface que agrega vários conteúdos como: perfis, blogs, MP3, vídeos e fotos.  No entanto existem outras redes de relacionamentos, como o Facebbok que de acordo com Mattar (2007, pg. 108): “é uma rede de relacionamentos voltada especificamente para estudantes de nível superior”

Existe, ainda, o Elgg que é uma rede social voltada para a educação, que oferece a cada aluno o seu próprio blog, seu repositório de arquivos, um profile on-line e um leitor de RSS, com graus diferenciados de privacidade. Por outro lado LinkekIn, que é uma rede voltada para contatos profissionais (MATTAR, 2007).


Com  a propagação da internet e o desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) estabeleceram-se   novas e diferentes formas de contato humano midiatizado por ferramentas tecnológicas; surge a partir deste ponto as Redes Sociais Digitais.  Que para Recuero (2009, p,24): “essas ferramentas proporcionaram, assim, que atores pudessem construir-se, interagir e comunicar com outros atores”

Hoje, de acordo com Haravin (2005, p.19): Com o auxilio das redes, os educadores  podem criar ambientes de aprendizagem eficazes, nos quais professores e alunos em localidades diferentes  constroem juntos o entendimento e as competências relacionadas com um assunto comum”.

As redes sociais estão proporcionando novos padrões de contatos interpessoais e   com advento da interatividade  promovido pela WEB. 2.0.é possível interagir  com mundo, desvendá-lo sem sair de sua casa, o que  para Haravin (2005, p.20): “aprender em conjunto pode ser muito mais atraente e eficaz do que aprender sozinho” fato motivador da criação da Rede Up! Com o intuito de ajudar os alunos na obtenção/disponibilização de conteúdos, estimular debates em fóruns e a interação entre os mesmos como uma forma de maximizar o aprendizado.Acreditava-se que desta forma, os alunos conseguiriam obter um aprendizado extraclasse relevante para a sua formação individual e profissional. Buscando reduzir as dificuldades encontradas por estes alunos no acompanhamento da disciplina de marketing, foi criada então a proposta de solicitar trabalhos aos mesmos, e que a forma de entrega seria a postagem de seus trabalhos (busca de materiais como por exemplo: vídeos, slideshares, livros digitais sobre o assunto, artigos relevantes, ou o que a criatividade fosse capaz de trazer na rede Up!. Esperava-se também, que dessa forma as discussões acerca dos assuntos fossem alimentadas por mais tempo e que surgirem assuntos decorrentes ainda dessa atividade que não foram discutidos em sala de aula.

Para que fosse possível identificar um formato adequado de apresentação deste conteúdo, foram estudadas previamente várias formas de se utilizar adequadamente a rede social. E o formato mais adequado se apresentou como a criação de grupos e dentro dos grupos a criação de páginas com o nome das disciplinas e com utilização de fóruns de discussão.

Os alunos que participaram dessa atividade estavam cientes de que a atividade em questão se tratava de material de suporte ao curso presencial e, portanto, devia complementar atividades desenvolvidas peloprofessor em sala de aula.

Toda a ação foi uma ação individual do professor, inclusive a infraestrutura tecnológica de software e a criação da própria rede. A infraestrutura de  hardware foram os alunos que utilizaram do local mais apropriados para eles. Nesta fase emergia a maior dificuldade encontrada:  fazer com que os alunos entendessem  que a forma de disponibilizar o conteúdo era livre! Que a atividade consistia somente em fazer uma pesquisa secundária sobre o tema na internet e disponibilizar na rede. A intenção seria que os seus colegas tivessem acesso ao seu conteúdo disponibilizado e também que o aluno realizasse a pesquisa e fixasse o conceito desenvolvido em sala de aula.

Neste trabalho fica claro que concentramos as atividades dos alunos em três grupos de atividade:
• Realização de Pesquisa Secundária acerca do assunto tratado em sala de aula;
• Escolha e adequação das mídias;
• Compartilhamento dos seus conteúdos na rede

IV. Desenvolvimento do projeto

A analise do desenvolvimento da Rede Up! Foi feita desde o dia 12 de Janeiro de 2012 até o dia 05/05/2012, totalizando  04 meses e 03 semanas. Pudemos então realizar uma pesquisa quali-quanti o que nos possibilitou acessos a informações relevantes para levantamento dos agentes inibidores e motivadores  do Uso das Redes Sociais.  Baseado em dados que a própria plataforma disponibiliza e com uma pesquisa por amostragem de levantamento de dados primários, com o uso do software: www.encuestafacil.com para todos os membros da Rede e o método de coleta foi realizado através de link para a pesquisa enviado por Email. O tamanho da amostra trabalhado na pesquisa foi de 70 respostas, num universo total de 200 membros ativos na rede.

FASE 1 - PLANEJAMENTO DA ESTRUTURA GERAL DO PROJETO

Nesta primeira fase do projeto buscamos detalhar levantar formas de utilizar a rede social como material complementar/apoio às aulas prensenciais. Analisamos a plataforma NING e formas de explorar suas funcionalidades, como recursos interativos, navegabilidade, não linearidade e  hipertextualidade. Pensamos em como disponibilizar os conteúdos sem os mesmos se misturar aos diversos assuntos tratados na rede, definimos objetivos e formas de utilização e periodicidade de atividades.
.

FASE 2  - PLANEJAMENTO DO CONTEÚDO: A FORMA DO PRODUTO.

Nesta etapa realizamos um trabalho de pesquisa para definir com maior clareza quais osobjetivos específicos de ensino/aprendizagem que seriam alcançados pelos mebros da rede, conteúdos que seriam incluídos e os  tópicos que seriam abordados.

FASE 3 - DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

A partir dos planos instrucionais desenvolvidos na fase anterior e foi selecionado o tema “Pesquisa de Observação”, onde foi solicitados aos alunos que realizassem uma pesquisa secundária na Internet a respeito do assunto e que fosse disponibilizado para o grupo criado as suas re-produções. O material apresentado deveria ter características hipermídiaticas como: vídeo, imagem, hipertextos, som e links para outros sites.

FASE 4 - AVALIAÇÃO

No final da elaboração de todas as atividades, foi realizada uma pesquisa para averir aspectos determinantes da efetividade do uso da rede. Foi elaborado um questionário disponibilizado virtualmente, onde a preocupação central foi  identificar aspectos limitadores e motivadores do uso da Rede UP! Como material complementar às aulas presenciais.
O que poderia ser feito para a Rede ajudar na maximização do aprendizado?
  • Mais clareza nas informaçoes. Os links são dificeis de se encontrar.
  • Postar um resumo das aulas das aulas dadas e se ainda sim o aluno continuar tendo duvidas abertura de uma bate papo junto com o professor
  • Penso que a participação de um forum que debata conteúdos previamente postados é a melhor forma de construção coletiva do conhecimento.
  • No meu ponto de vista, a Rede Up! deve buscar um maior engajamento dos profissionais da Educação, quem sabe com atuação corpo a corpo em instituições de ensino e secretarias de Educação.
  • Acho que poderia melhorar a visualização.
  • Seria interessante um simulado online para cada tema abordado.
  • Motivar os participantes a compartilhar suas experiências na rede.
  • Mais, material visual para podermos acessar, e um mini msn(on line) para duvidas urgente poderem ser respondidos com mais rapidez.
  • Classificação por Área de forma que fosse possivel fazer uma busca na rede somente por assunto que interessam o estudante, busca por perfils que tenham a mesma formação.
  • Muito difícil opinar uma vez que tudo depende muito da interação e interesse rede usuário
  • Assuntos mais genéricos. Menos opções (tela mais limpa)
  • nserir artigos relacionado às questões de marketing e sobre atualidades.
  • Na minha opinião, a rede up poderia disponibilizar aulas gravadas de professores. Elabora mais atividade em os aluno que utilizam a rede.
  • implificar a estruturando deixando apenas os elementos efetivamente necessários.
  • Criar um tutorial ou manual de usuário da rede
  • Ter salas de bate papo com discursão sobre temas nominimo uma vez na semana.
  • Ter um jeito mais fácil de acesso e uma melhor divulgação
  • Fosse disponibilizado todos os conteudos do semestre de marketing nesta rede, mais facil para ser acessado. mais interação com os usuários. envio de newsletter.
  • Gostei bastante e acredito muito nessa forma divertida de interação por meio da internet, aprender de forma eficaz, e o importante é postar sempre conteudos que ajudem os alunos a se desenvolverem cada vez mais.
  • Palestras para escolas e divulgação
  • O site é otimo.
  • Ainda não tenho sugestões
  • Uma análise das coisas que são postadas, para não ser só um lugar onde coloca-se várias coisas aleatórias.
 Do que você mais gostou da Rede Up?

  • Informações, são bem valiosas, para quem faz MKT
  • A rede permite que eu tenha tudo que preciso em um único local
  • A rede permite que eu troque idéias e informações com meus colegas
  • A rede permite que meu estudo seja enrriquecido com filmes, textos, artigos etc
  • A comunicação
  • As postagem de vídeos e outros materiais de varias pessoas.
  • Conteúdos
  • Da atualização das informações ref. a Marketing
  • Da idéia de juntar pessoas com mesmo interesse
  • Da interface
  • Da maneira simples e fácil de postar vídeos e links tendo pessoas qualificadas para entender tal. Da possibilidade de interação entre pessoas com foco na educação.
  • Da proposta de discutir sobre um assunto emergente na Educação e na Comunicação.
  • Da variedade nos assuntos.
  • Das informações que são disponibilizadas de graça aos alunos.
  • Diversidade de opiniões e conteúdos.
  • Dos Curso que são disponível na rede. Facilidade de comunicação e interação
  • Facilidade de navegação.
  • Gostei da sua formatação, fácil para acessar.
  • Gostei do perfil dos participantes, acredito que tem muito a contribuir.
  • Muitos vídeos e artigos e textos interessantes sobre marketing e empreendedorismo
  • Nada.
  • O fato de ser uma rede social voltado para educação. Pela dinâmica e interface 
Fatores Inibidores de utilização das Redes Sociais como agente de fixação da aprendizagem.

  • Tempo e falta de interesse.
  • A dificuldade para encontrar os assuntos e postar informações
  • Falta de tempo.
  • O fato de não ter tantos cases do uso de Redes Sociais na Educação. Mas, pretendo implementar as ferramentas para, num futuro próximo, contribuir mais com a instituição e com a própria Rede Up!. . A atual disciplina de marketing,e arquivos que ajudam na compreensão da disciplina.
  • Falta de tempo.
  • Não fui motivada a acessar todo dia, pois a rede ainda se encontra muito parada na comunicação.
  • Não sei.
  • Falta de tempo, fato da rede ser nova, não ver tanta necessidade de está participando ativamente, pois a internet hoje em dia disponibiliza de outros meios para também obter conhecimento.
  • Falta de tempo
  • A regularidade de assuntos e os assuntos abordados. Tempo, nem sempre tenho acesso à internet no meu trabalho. Falta de tempo.
  • Vários inibidores alguns relacionados e outros não com a rede UP. - Cultura - Alunos não tem o habito de ler e do auto-desenvolvimento - Metodologia - Alunos não sabem estruturar processos de aprendizado - A rede UP ainda não disponibiliza um manual de auto-desenvolvimento - A rede up ainda não disponibiliza um manual do que precisamos ou não aprender e em que grau de profundidade devemos aprender - Motivação  Todas as redes não disponibilizam uma metodologia ou abordagem pedagógica motivadora do aprendizado
  • Poucos acessos e falta de assuntos diários que tenham discussão.
  • Tempo
  • Falta de tempo
  • Tempo e só conheci há 15 dias. nenhum
  • A QUESTÃO É QUE NÃO SOU DE USAR MUITO AS REDES SOCIAIS...
  • TEMPO.
  • Falta de tempo
  • A tela inicial não é muito interessante, poderia ser mais organizada
Sugestão de potencialização do uso das Redes Sociais no aprendizado

  • Facilidade e conteúdo simples mais com informações importantes.
  • Acho que poderia ser postado alem do resumo das aulas a correção da prova pois assim ficaria mais fácil para os alunos que não foram bem estudar
  • Pessoas mais competentes em algum assunto fomentando aprendizado a um grupo de interessados.
  • Formar grupos pequenos de discussões presenciais periódicos (por exemplo, mensais) para que os membros trocassem mais informações e, assim, construíssem conteúdo em conjunto para a rede.
  • colocar alguns exercícios, vídeos aulas ou até mesmo vídeos relacionados ao conteúdo trabalhado.
  • Não sei.
  • Compartilhando as experiências e trabalhos de quem compõe a rede social.
  • Discussão de assuntos da atualidade, expor vídeos que saem na mídia sobre determinado assunto e estimular um debate, parcerias com instituições de ensino para utilizarem a rede, divulgação em meios de comunicação.
  • Conteúdo atrativo Comunicação interessante e fácil Diversidade
  • A ferramenta deve ser revista (ser mais limpa e fácil de usar). Ela tem opções demais e um usuário não deve ficar se preocupando em configurá-la. Os assuntos devem ser atualizados regularmente, coerentes e diversos. É preciso ter estética visual, profundidade adequada (nem pouco nem muito) e de alguma maneira fazer com que seja natural a colaboração com seus membros.
  • Excelente a idéia do aplicativo de celular, pois a maioria das pessoas acessam a internet pelo celular de qualquer lugar.
  • Criar aplicativos para o celular ou tablet; - Disponibilizar curso dinâmicos, como por exemplo os que o CIEE, disponibiliza para os alunos; - Disponibilizar apostilas; - Criar um espaço, com informações de palestras, eventos, entre outros.
  • Possuir mais atividades entre os aluno de diversor cusor com exatas e humanas
  • Assuntos diários, com discussões sobre cada tema especifico.
  • chamando a atenção dos estudantes,que geralmente estão correndo e pouco interessados
  • disponibilizar conteúdos e podermos fazer os trabalhos através da rede.
  • interagindo cm o aprendente
  • Cada vez mais temas atuais chamam a atenção dos jovens, a utilização continua de vídeos também.
  • É difícil para a pessoas aderirem pois o Brasil não ta acostumado... mais tem essa interatividade com os alunos e professores ... passa matérias e tira dúvidas com chat talvez melhore para a adaptação...
  • MAIOR DIVULGAÇÃO, NAS REDES SOCIAS
  • Não tenho sugestões
  • Não tenho sugestões no momento
FASE V – IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL NETWEAVER DOS ENTREVISTADOS

Utilizou o modelo encontrado no trabalho de Lave e Wenger, que ilustram como os membros se incorporam nas comunidades utilizando os princípios da participação periférica. Os autores deste trabalho sugerem cinco tipos de trajectórias de aprendizagem numa comunidade:

Periférico (ex: Visitante) - Participação externa e não-estruturada.2.Para o Interior (ex: Novato) – O recém-chegado investiu na comunidade e tem em vista a participação total.3.De Dentro (ex: Visitante Regular) – Participante totalmente empenhado.4.Na Fronteira (ex: Líder) – Um líder que tem a seu cargo a gestão dos membros e as suas interacções.5.De Saída (ex: Veterano)
– Processo de abandono da comunidade devido a novos relacionamentos, novos cargos, novos interesses, novos objectivos.
Trajectória de aprendizagem - Participação em comunidade onlineExemplo - YouTubePeriférico (Lurker)– Observa a comunidade e o seu conteúdo. Não adiciona à comunidade conteúdo nem discussão. O utilizador visita ocasionalmente o YouTube.com para ver um vídeo que alguém aconselhou.Para o Interior (Novice) – Início da participação na comunidade. Começa a fornecer conteúdo. Tentativa de interacção em algumas discussões. O utilizador comenta vídeos de outros membros. Potencialmente coloca um vídeo da sua autoria.De Dentro (Regular) – Fornece à comunidade conteúdo e discussão de uma forma consistente. Interage com os outros membros. Regularmente coloca vídeos. Vídeos seus ou que encontrou. Realiza um esforço concertado para comentar e votar os vídeos dos outros membros.Na Fronteira (Leader) – É reconhecido com um participante veterano. Contacta com os membros "De Dentro" para chagar a ideias conceptuais. A comunidade tem em grande consideração as suas ideias. O utilizador é reconhecido como um membro a estar atento. Possivelmente os seus vídeos são podcasts a comentar o estado do YouTube e a sua comunidade. O utilizador não considera ver vídeos de outros membros sem os comentar. Regularmente vai corrigir o comportamento de outro membro que considere inapropriado. Vai também referênciar vídeos de outros utilizadores nos seus cometários, como forma de relacionar conteúdo.De Saída (Elder) – Deixa a comunidade por várias razões. Os seus interesses mudaram. A comunidade tomou um rumo com o qual ele não concorda. Falta de tempo. O utilizador tem agora um novo emprego que lhe retira demasiado tempo para manter uma presença constante na comunidade.

CONCLUSÕES

Analisando tecnicamente concluímos que as características hipermídiaticas que a Rede Social estudada proporciona é um fator relevante para o desenvolvimento de atividades e fixação de aprendizado. Entenda-se por características hipermidiáticas : interatividade, navegabilidade, não linealidade e hipertextualidade.Além dos aspectos da plataforma, também identificamos alguns aspectos que podem inibir o uso da rede, tais como: falta de tempo, falta de acesso à internet, o local de estudo não libera o acesso à redes sociais. Outro fator determinante e inibidor do uso é a dificuldade que os alunos encontraram para buscar e postar informações e a falta de de manual de utilização da rede e de auto-desenvolvimento.
Devemos considerar as os seguintes aspectos como agentes motivadores do uso das redes sociais na aprendizagem:  Replanejar o layout da rede de forma aos membras encontraem informações com mais facilidade, postar um resumo das aulas dadas e abertura de bate papo para tirar dúvidas, criação de simulados  online para cada tema abordado e disponiblização de  aulas gravadas por professores.
Observando agora os aspectos instrucionais podemos começar fazendo uma reflexão acerca dos  desafios que ainda precisam ser ultrapassados para a perfeita utilização das redes sociais na educação. O primeiro desafio observado é uma mudança de comportamento dos alunos e dos professores, que estes em grande parte estão  habituados as redes sociais como forma de se relacionarem e de lazer. Fazer com que os mesmos as utilizem e as explorem em toda a sua potencialidade ainda é um aspecto cultural a ser trabalhado, o que requer tempo.  Nosso estudo ainda mostrou que algumas instituições ainda bloqueiam o uso da rede, o que demonstra que a gestão não tem consciência do poder instrucional das redes sociais.

Considerando ainda que o professor tenha interesse em utilizar-se destas novas tecnologias da comunicação e informação, falta orientação adequada de como utilizar todas as ferramentas de forma adequada e eficiente.

Analisando os resultados das respostas dos alunos ao formulário de avaliação da rede , podemos observar que:

ü  80% dos entrevistados gostariam de obter um aplicativo para celular;
ü  70% dos entrevistados é do sexo feminino
ü  40% dos entrevistados tem de 20 a 24 anos
ü  40% das Instituições em que o entrevistado trabalha ou estudo bloqueia o acesso às redes
ü  100% dos entrevistados disseram que é possível utilizar as redes sociais como plataforma de ensino aprendizado.
ü  80% disseram que os materiais disponibilizados foram úteis




VI. Bibliografia

RAQUEL, Raquel Redes Sociais Digitais: São Paulo: Editora Sulina, 2009.
HARASIN, Linda Redes de Aprendizagem: São Paulo: Editora SENAC, 2005.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
KUROSE, James F. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem top-down. São Paulo: Pearson, 2006.
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: 34, 1999
O’REILLY, Tim. O que é web 2.0: Padrões de Design e modelos de negócios para a nova geração de software. Disponível em: http://oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-20.html. Acesso em 20/10/2008.
SPYER, Juliano. Conectado: o que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela. Rio de Janeiro: Jorge Zahar , 2007.
VALENTE, Carlos. Second Life e Web 2.0 na Educação. O potencial revolucionário das novas tecnologias / Carlos Valente, João Mattar: São Paulo: Novatec, 2007.
ZUFFO, João Antonio. A sociedade e a economia no novo milênio: os empregos e as empresas no tubulento alvorecer do Séceulo XXI, livro 1: a tecnologia e a infossociedade.  Barueri, 2003



Inscrições Abertas para Submissão de Trabalhos


Se você tem um relato de caso, paper, comunicação. Apresente no 3 Congresso de Redes sociais Aplicadas à Educação. Os trabalhos selecionados serão apresentados no Congresso que será transmitido para o Brasil, Portugal, Angola, Colômbia, Argentina. E também será publicado na Revista People.NET.

Colabore para a publicação de trabalhos desse assunto tão importante quanto Redes Sociais e Educação!

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Mobilidade e redes sociais: um grande aliado para a educação.

Pessoal esse artigo também  foi submetido e apresentado no II People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação e encontra-se disponível na Revista People.NET.

Autor: Alexandre Campos Silva (palestrante do 3 People.NET)


A tendência de crescimento de acesso à Internet por dispositivos móveis como 
celulares,  smartphones e tablets, conectados a nova arquitetura de Cloud Computing, 
possibilitam a integração de aplicações Web 2.0 com redes sociais. Cada vez 
mais os usuários  postam  conteúdo e usam aplicativos via algum dispositivo móvel. 
Trata-se de uma grande oportunidade para a educação também!


A popularização de PCs, Smartphones, Tablets e banda larga fixa e móvel.
De acordo com o estudo IDC Brazil Quarterly PC Tracker 4Q2011, 55% dos PCS vendidos em 2011 no Brasil foram notebooks e netbooks e 45% são desktops (PCs de mesa). A IDC (2012) prevê que serão vendidos 2,2 milhões de tablets, 17,6 milhões de PCs e  15,5 milhões de smartphones no Brasil em 2012. É muito interessante observar como o benefício da mobilidade leva ao aumento de venda de notebooks/netbooks no mundo dos PCS e como a venda de smartphones se aproxima da venda de PCs rapidamente em 2012. A tendência é que já em 2013 ou 2014 serão vendidos mais Smartphones do que PCs.

Esta tendência de compra de dispositivos móveis ao invés de dispositivos fixos como um PC de mesa ou um telefone fixo mostram como a população se acostuma rapidamente com o conforto da mobilidade para se comunicar e se conectar a Internet de qualquer local através de dispositivos móveis.
Segundo a IDC (2012), o Brasil atingiu 30 milhões de lares com pelo menos um PC e o número conexões banda larga fixa no país atingiu mais de 18 milhões em 2011 segundo a Anatel.
A análise destes números expressa claramente o desejo de nossa sociedade de estar cada vez mais móvel e conectada abrindo possibilidades para se comunicar, interagir, ir as compras, reclamar, acessar serviços, se divertir, publicar conteúdos e porque não estudar?

As redes sociais, os vídeos, os smartphones e as aplicações móveis (mobile Apps)
Segundo o Social Bakers, o Facebook atingiu 488 milhões de usuários que acessam a rede social via dispositivos móveis em Abril 2012 num universo de 901 milhões usuários do Facebook. Mais da metade dos usuários já se rendeu a facilidade de acessar o Facebook via algum dispositivo móvel, Interessante observar nesta estatística que o Brasil já tém mais de 15 milhões de usuários móveis no Facebook. Este estudo considera usuários móveis aqueles que acessam o Facebook via celular, smartphone ou tablet. O Japão, a Africa do Sul e a Nigéria,  por exemplo, apresentaram indíces de acesso móvel ao Facebook maior de 70% dos usuários.

Mas não é somente para compartilhar fotos nas redes sociais que as pessoas estão cada vez mais acessando a Internet, elas estão criandos cada vez mais conteúdo seja em texto, imagens ou em com vídeos publicados no Youtube. Segundo o ComScore Video Metrix (2011), somente no mês de março de 2011, 35,9 milhões de brasilieros assistiram a video online na Internet. 

As pessoas estão baixando mobile Apps em seus smartphones e tablets, e enviando SMSs com seus celulares mais simples. Muitos usuários de Internet Banking passam a usar aplicativos dos bancos para realizar transações bancárias. O comércio eletrônico acostumado com as compras pelo computador apresenta um aumento muito grande de compras feitas pelo smartphone: um exemplo publicamente conhecido é o caso da Amazon.com.  Além dos games que se tornaram populares desde as primeiras gerações de celulares, muitos outros serviços como reserva de bilhetes aéreos, ingressos de cinema/shows entre outros despontam com o aumento de acesso móvel seja pela Internet ou via aplicações móveis instalados no smartphones ou tablets.  Os smartphones são na verdade mais completos e muitas vezes possuem mais funcionalidades que nossos PCs de mesa. Afinal de contas, os smartphones da Apple, Nokia, RIM ou Samsung entre outras marcas, são uma combinação de diversos equipamentos em um só:  eles são telefones, máquinas fotográficas, filmadoras com High definition, TV, GPS, reprodutores de música em formatos digitais, “plataformas de vídeo games”, navegadores, “ferramentas de Instant Messaging”, plataformas de “webconference”, e com milhões de aplicações disponíveis nos permitem criar/editar arquivos em formato Microsoft Office como se estivemos em nossos velhos PCs de mesa. Com todas estas funcionalidades, fica realmente fácil compreender as mudanças de hábitos da nova geração em relação a gerações passadas que se acosturam a usar um PC em uma mesa de casa ou do escritório.  A mobilidade faz com que usemos os smartphones desde parques públicos, supermercados, carros, ônibus, metrôs, pelas ruas e qualquer lugar onde o sinal da operadora de telecomunicações nos permita.
Vale ressaltar que os smartphones não significam necessariamente a morte imediata do bom e velho SMS que  continua a disponibilizar serviços interessantes para seus usuários e também continuará co-existindo com as “mobile apps” pelos próximos anos.

Novas possibilidades de colaboração para a educação com mobilidade e redes sociais.
Segundo JENKINS (2009), a facilidade de nos conectarmos usando dispositivos móveis é uma das características do desenvolvimento da cultura participativa.  A nova geração de crianças já nascidas na era do celular apresentam algumas características muito fortes da cultura participativa como destaca o estudo da Pew Internet & American Life project onde praticamente 1/3 dos adolescentes criaram algum conteúdo usando mídias digitais e se sentem muito confortáveis para entrar e sair de comunidades online com muita facilidade para compartilhar informações e ajudar a resolver problemas e questões colocadas nestas comunidades. SANTAELLA e LEMOS (2010), ressaltam que os colaboradores que se conectam a um grupo social, geram valor para o grupo e esperam como consequencia ganhar valor pelo reconhecimento do grupo.

Na minha opinião, a cultura colaborativa da Web 2.0 que propiciou a de massificação dos blogs, dos “mash-ups”, a popularização do compartilhamento de informações foi um incentivo fundamental para uma nova geração de autores em busca de debates com leitores em nichos específicos. Com a tendência de massificação de acesso a aplicações e comunidades, via celular, smartphone e tablet, certamente esta cultura participativa ganhará uma maior frequência de participação e trará novos usuários para os debates nesta cultura participativa que aproxima as redes sociais do mundo móvel.

Novos modelos desta cultura participativa mencionada por JENKINS (2009) aparecem em novos modelos de colaboração que ganham vida com o desenvolvimento de novas aplicações que propiciam e facilitam a colaboração de pessoas em busca de conhecimento ao redor do mundo.
Neste congresso de Redes Socias, apresentamos um caso bastante interessante do modelo de aprendizagem de línguas disponibilizado pelo site LiveMocha.com. O LiveMocha.com é um exemplo prático desta cultura participativa com objetivo de aprendizagem de línguas.  Os usuários da comunidade que desejam aprender uma língua estrangeira como aluno, podem fazê-lo, gratuitamente, desde que tornem-se também professores, e usando seus conhecimentos de sua língua nativa e dediquem tempo para ajudarem outros usuários aprendizes nesta língua.

Este modelo do LiveMocha.com que integra os recursos de tecnologia de rede social, chat e web conferência ganhou mais de 12 milhôes de adeptos no mundo, dos quais mais de 2 milhões no Brasil, segundo SILVA & KIMURA (2012).

Esta cultura participativa está apenas no começo e irá se massificar de fato quando as aplicações existentes e criadas para serem acessadas por PCs via Internet passem a ser integradas a redes sociais como o Facebook (ou outras) e começem a ser a migrar para serem utilizadas via celulares,  smartphones e tablets. Os anos de 2012 a 2014 certamente serão preciosos para o surgimento destas aplicações que integrem Website com Mobile Apps e Redes sociais numa sociedade cada vez mais conectado e “always on” segundo o NEW MEDIA CONSORTIUM (2011). As pessoas passam a ganhar um tempo antes ocioso para poderem se dedicar a temas de interesse que incluem de lazer, diversão, trabalho e estudo e aprendizagem. Imaginem só o potencial para uma população das capitais brasileiras que gasta cada vez mais tempo no trânsito em automóveis ou no transporte coletivo. Acredito fortemente que existe um espaço tremendo para ser ocupado para expandir o tempo dedicado fora da sala de aula para novas aplicações para estudo e aprendizagem. Professores empreendedores ou empreendores educadores tém uma grande oportunidade para criarem novas aplicações móveis ou comunidades com fácil  acesso móvel para fascinarem estudantes de todas as idades a aproveitarem melhor seu tempo para aprender, debater e refletir a respeito de temas de interesse.

Para aqueles que tiverem um relato de caso, um artigo ou uma idéia empreendedora, compartilhe conosco através do faleconosco@congressoredesocial.com.br ou luchiodi@hotmail.com para publicarmos aqui no blog ou mesmo apresentar no 3 Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação.


Bibliografia
ANATEL. Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações. Disponível em <http://www.anatel.gov.br>. Acesso em 10/03/2012.
COMSCORE. ComScore Video Metrix - Online Video Viewing Behavior by Market March 2011. Disponível em <
http://caudalonga.wordpress.com/2011/05/04/359-milhoes-de-pessoas-assistiram-31-bilhoes-de-videos-no-brasil/>. Acesso em 04/005/2011.
IDC - International Data Corporation. IDC apresenta as pervisões para o mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação em 2012.
Disponível em < http://www.idcbrasil.com.br/news.asp?ctr=bra&year=2012&id_release=2212>. Acesso em 10/04/2012.
JENKINS, Henry et al. Confronting the Challenges of Participatory Culture: Media Education for the 21st century. Massachussets: MIT Press,
2009.
NEW MEDIA CONSORTIUM. The NMC Horizon Report: 2011 K-12 Edition. Disponível em <http://www.nmc.org>. Acesso em 08/10/2011.
SANTAELLA, Lucia e LEMOS, Renata. Redes sociais digitais: a cognição conectiva do Twitter. 1ª edição: São Paulo, Editora Paulus, 2010.
SILVA, Alexandre Campos & KIMURA, Renato. Colaboração e aprendizagem de línguas na Internet: o caso Livemocha. São Paulo: Congresso
Redes Sociais, 2012. Disponível em <http://www.congressoredessociais.com.br>. Acesso em 01/06/2012.
SOCIAL BAKERS. Facebook Hits 488 Million Mobile Users. Disponível em <http://www.socialbakers.com/blog/554-facebook-hits-488-million-
mobile-users-infographic/>. Acesso em 11/05/2012