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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A APRENDIZAGEM PELAS REDES SOCIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS


Pessoal esse artigo também  foi submetido e apresentado no II People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação e encontra-se disponível na Revista People.NET.

Autores: Alvino Moser - Nelson Pereira Castanheira - Armando Kolbe Junior

A APRENDIZAGEM

A aprendizagem é uma transformação que se processa no indivíduo por sua atividade, é a aquisição ou apropriação ativa de conhecimentos. A aprendizagem mais enfatizada no processo escolar é a que se refere à aquisição  ou apropriação de conhecimentos.

Wenger [1], ao constatar que a maioria dos autores se refere à aprendizagem como ocorrendo nas escolas ou nos cursos programados, afirma que o aprender é algo que ocorre em toda nossa vida e nas mais variadas ocasiões. Conclui que, sem aprofundar a concepção do que significa aprender, enveredar-se-á por caminhos errados e enganadores. Diz Wenger:

Nossas instituições se baseiam largamente na pressuposição de que a aprendizagem é um processo individual, do começo ao fim, que é separado do resto de nossas atividades, e que é resultado do ensino. (grifo nosso) [.....]Num mundo que está mudando e se tornado cava vez mais complexamente interconectado num ritmo acelerado, as preocupações em relação ao aprender são com certeza justificadas.
Mas talvez mais do que o aprender em si mesmo, é nossa concepção do aprender que necessita urgentemente a atenção quando escolhemos preocupar-nos em relação a isto na escala em que fazemos hoje em dia.

Assim, as informações que são necessárias numa sociedade são codificadas e traduzidas em programas de conteúdos curriculares ensinados nas escolas.Davydov [2] concretiza a proposição de Vygotsky, ao afirmar que a função de uma proposta pedagógica é melhorar o conteúdo e os métodos de ensino e de formação, de modo a exercer uma influência positiva sobre o desenvolvimento de suas habilidades (por exemplo, seus pensamentos, desejos, etc.).

Sem dúvida, a aprendizagem é algo pessoal que se processa no cérebro de cada indivíduo mediante as interações dos neurônios como o mostram, por exemplo, John Eccles [3], Gerard Edelman [4] e Larry Squire e Eric Kandel [5].Como tal, a aprendizagem se processa na primeira pessoa. Mas isto não significa, e cada um sabe por si, que aprende talvez muito mais no seu dia a dia e nas conversações, como já o afirmara Descartes [6] no prefácio dos Principia Philosophica.

AS REDES SOCIAIS



As Redes Sociais são um locus privilegiado para o aprender, se não forem apenas considerados sites de relacionamento e de conversação. Portanto, não se trata de sites de relacionamento comuns em que as pessoas trocam impressões, comentam seu dia a dia, suas “curtições”. Mas são pessoas, no caso em tela, de estudantes que querem aprender, pondo em comum seus conhecimentos, suas dúvidas, seus esclarecimentos. Na definição de Hunter [7],uma comunidade virtual é definida como um grupo de pessoas que interagem entre si, aprendendo com o trabalho das outras e proporcionando recursos de conhecimento e informação ao grupo, em relação a temas sobre os quais há acordo de interesse mútuo. Uma característica definidora de uma comunidade virtual neste sentido é o fato de uma pessoa ou instituição dever ser um contribuinte para a base de conhecimento em evolução do grupo e não somente um receptor ou consumidor dos seus serviços ou base de conhecimentos.

Por isso, é necessário alargar a aprendizagem e considerar o seu caráter social.Uma teoria social da aprendizagem é, portanto não uma empresa exclusivamente acadêmica. Enquanto esta perspectiva pode na verdade informar nossas investigações acadêmicas, é também relevante para nossa ações cotidianas, nossas políticas, e para o nosso projeto organizacional técnico e o sistema educacional. Um novo referencial framework a respeito da aprendizagem é de valor não apenas para os teóricos, mas também para todos nós – professores, estudantes, pais, jovens, cônjuges profissionais da saúde, pacientes, managers, trabalhadores, os que traçam as políticas, cidadãos – que de uma maneira ou de outra precisam seguir outras etapas para fomentar a aprendizagem (nossa própria ou de outros) em nossos relacionamentos, nossas comunidades e nossas organizações (WENGER, p. 11)

Então surge a pergunta: será que a aprendizagem em redes sociais é válida, isto é, é digna de crédito? Este é precisamente o objeto da epistemologia, é o “estudo das condições de acesso e de validade do conhecimento”, conforme Piaget [8].

Estudar as condições de acesso da aprendizagem é examinar quais são as condições que possibilitam a aquisição dos conhecimentos.

A FUNDAMENTAÇÃO EPISTEMOLÓGICA
A teoria da aprendizagem social é mais abrangente do que a aprendizagem que considera apenas aspectos cognitivos, pois as dimensões sociais incluem elementos que envolvem toda a pessoa, como as interações e os aspectos emotivos. Bandura [9] enfatiza a importância da observação e da modelagem dos comportamentos, atitudes e respostas emocionais dos outros. Ou, citando suas palavras: O aprendizado seria excessivamente trabalhoso, para não mencionar perigoso, se as pessoas dependessem somente dos efeitos de suas próprias ações para informá-las sobre o que fazer.
Por sorte, a maior parte do comportamento humano é aprendida pela observação através da modelagem. Pela observação dos outros, uma pessoa forma uma ideia de como novos comportamentos são executados e, em ocasiões posteriores, esta informação codificada serve como um guia para a ação. É uma aprendizagem por determinismo recíproco, que acontece mais nas relações sociais do que nas instituições educativas. Wenger [10] salienta a interligação entre aprendizagem com conceitos que eram considerados classicamente separados: aprendizagem, identidade, prática significado, comunidade, contexto, segundo o que mostra a figura 1.


Na aprendizagem nas redes sociais, para efeitos acadêmicos, o que significam as janelas desse esquema?
As interações individuais e coletivas devem referir-se aos conhecimentos a adquirir nas diversas disciplinas como algo significativo para o aluno. É sabido que muito do que é ensinado em sala de aula pouco serve para a pertença  das pessoas à comunidade de que fazem parte. Já nas redes sociais os alunos põem os conhecimentos que lhe são significativos e que resultam de suas experiências, de sua prática, no seu cotidiano. Ao mesmo tempo, a aprendizagem nessas redes modifica quem nós somos e cria as histórias das pessoas que nos identificam nas comunidades a que pertencemos. Portanto, a aprendizagem individual se processa não apenas com esforço da pessoa isolada, mas no contexto das redes que constituem uma comunidade. Nos diz Illera [11]:

Mas a teoria social da aprendizagem não pensa, em geral, em termos evolutivos (talvez porque o seu foco principal sejam os adultos), de maneira que a aprendizagem aparece completamente relacionada com o resto da vida pessoal e social dos sujeitos e não só com o domínio cognitivo de competências e destrezas, a adquirir. Este reposicionamento pressupõe que a aprendizagem não seja considerada como o fim único ou último da prática, mas como um elemento de interligação entre aspectos que têm a mesma importância para o sujeito que a simples melhoria do desempenho ou aquisição de determinadas habilidades .

Em geral, a aprendizagem cognitiva é vista como uma apropriação de “conteúdo”, sendo este o que mais 
importa. Os meios de ensinar se transformaram desde o ensino oral que se baseava na fala do professor: “Para que falamos? Para ensinar ou para aprender”, pergunta Agostinho [12]. Em seguida, embora com os protestos de muitos, como o de Sócrates, introduziu-se a escrita e os livros com Gutenberg.Como o observa no prólogo de sua obra, Nicholas Carr [13], poucas pessoas deram atenção à afirmação de 
Marshall McLuhan [14]: estamos nos aproximando da “simulação tecnológica da consciência, onde o processo criativodo conhecimento seria estendido coletiva e corporativamente ao todo da sociedade humana”. Quando McLuhan fala que o meio é a mensagem, é preciso entender que no longo prazo o conteúdo do meio importa menos que o próprio meio na influência sobre nosso modo de pensar e de agir (CARR, 2011).

Mas resta saber se isso tem alguma validade epistemológica. Recorremos ao conceito de mediação de Vygotsky, revista por James Wertsch. Conforma Oliveira [15], mediação em termos genéricos é o processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação; a relação deixa, então de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento. Acrescenta, ainda, que “o processo de mediação por meio de instrumentos e signos é fundamental para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, distinguindo o homem dos outros animais. A mediação é um processo essencial para tornar possíveis as atividades psicológicas voluntárias, intencionais, controladas pelo próprio indivíduo”.

A aprendizagem é a resultante do processo cognitivo que efetivamente transforma a informação contida nos conteúdos escolares em conhecimento. Assim, se o aluno não aprende a aprender e não compreende o que está estudando, a aprendizagem não lhe é significativa.

Construir conhecimento (aprender) e desenvolver habilidades cognitivas (aprender a aprender) são funções básicas do fenômeno da cognição e são dimensões inesgotáveis e essenciais a todo contexto de educação formal.
Mas a mediação não pode apenas ser vista como linguagem ou como todos os demais métodos empregados tradicionalmente nas salas de aula. A aprendizagem é uma ação da pessoa. Se, em toda ação humana há a mediação, do mesmo modo a aprendizagem se faz com a mediação semiótica ou pela interação com o outro, na interação social, em que as palavras são empregadas como meio de comunicação ou de interação. A esta mediação Vygotsky e seus discípulos deram a denominação de sociointeracionismo, ou a ação se dá numa interação sócio-histórica ou histórico-cultural.
Convém, contudo, salientar que os meios ou ferramentas que constituem a mediação não produzem o significado nem a aprendizagem, que é algo próprio da ação de cada indivíduo, porque uma ferramenta ou um meio apenas possui uma ação na medida em que o indivíduo a usa [16]. Portanto, existe uma dinâmica própria da mediação: Ao ser incluída no processo do comportamento, a ferramenta psicológica altera todo o fluxo e a estrutura das funções mentais. Assim se faz ao determinar a estrutura de um novo ato instrumental, semelhante à ferramenta técnica que altera o processo de uma adaptação natural ao determinar as formas das operações de trabalho.

Sobretudo, não se pode mais considerar os ensinamentos ou informações encapsuladas nos currículos e programas, pois conteúdos e aulas já estão defasados por causa da rapidez com que a Internet propicia novas informações. De um lado, os conteúdos programáticos são estáveis presumidamente, e de outro lado, as informações evoluem e crescem de uma maneira espantosa. Há hiperespecialização e hiperexpansão das informações que põem um dilema para quem está encarregado de ensinar [17].
Portanto, a aprendizagem não pode ser mais vista como sendo de um indivíduo que aprende sozinho. O aprender se processa numa estrutura e num meio social, como algo que envolve o indivíduo todo e em todos os aspectos de sua vida. Nas redes sociais “os conteúdos” vão muito além do que se pode exigir numa sala de aula, pois cada aluno traz seus conhecimentos, sua experiências e seus esclarecimentos, que podem ser mais esclarecedores numa situação, como é o de uma aula, em que um professor monopoliza o saber com a pretensão de o comunicar para todos.

Com o advento dos meios virtuais e digitais introduzindo o cyber espaço, é preciso revisitar o conceito de mediação para o virtual que expande e amplia as possibilidades de aprendizagem e de ensino (se houver desejo de aprender: pois ninguém aprende se o não desejar). Para Pierre Levy [18],

o futuro papel do professor não será mais o de transmitir ou de difundir os conhecimentos, mas procurar estimular os alunos ou aprendizes a se conectar com seus colegas e para trocar seus conhecimentos, mostrando que possuem, todos, uma inteligência coletiva, mostrar que todos podem se interconectar na noosfera (2008, p. 158).
Ou como o afirma Jacques Rancière [19], “Ao contrário, deveria começar negando a desigualdade e afirmando que todos podem aprender e são iguais diante do conhecimento, a menos que alguns apresentem deficiências insuperáveis e involuntárias”. Para exemplificar observe-se o fato de que as crianças aprendem a falar e fazer muitas outras coisas apenas ouvindo o que se diz no seu meio social e imitando as pessoas que fazem certas coisas ou ações. O meio social é, pois um mediador essencial que não precisa per se de um orientador extra, como se dá nas comunidades de prática. Também Don Tapscott [20], ao comentar sobre o modo como a geração Net aprende, afirma que as instituições de ensino estão desatualizas. Ele se referiu aos Estados Unidos; imagine-se, então, no Brasil e países mais pobres, tanto por falta de políticas públicas adequadas, como por falta de investimentos. A vontade política dos dirigentes não deve apenas ficar em discursos áridos, mas é necessário, que os discursos sejam sustentados pela disponibilização de recursos financeiros, que os novos meios estão exíguos. Por exemplo, como falar nas potencialidades do ensino e da educação, se os alunos e professores apenas dispõem de uma sala ou de laboratórios de informática, quando todos os alunos deveriam ter um computador.

Os jovens da Geração Internet cresceram em um ambiente digital e estão vivendo no século XXI, mas o sistema educacional em muitos lugares está pelo menos cem anos atrasado. O modelo de educação que ainda prevalece hoje foi projetado para a Era Industrial. É centrado no professor, que dá uma aula padronizada, unidirecional. O aluno, trabalhando sozinho, deve absorver o conteúdo ministrado pelo professor. [...] Isso não funciona mais para os desafios da economia digital, ou para a mente da Geração Internet (TAPSCOTT, 2010).

O modelo de ensino que se baseia em aulas planejadas com antecipação de anos, meses ou semanas já não é mais adequado, pois o que é ensinado na aula agora pode ser diferente ao sair da aula, ou no final do dia, pois a aceleração das mudanças são prodigiosamente rápidas. Como preparar ou formar os alunos para um mundo em que a inovação e o descarte constituem a regra? 

Claro que para isso não há receitas. Mas mesmo assim, Tapscott oferece vários exemplos que estão na seção de onde tiramos essas citações. O exemplo, citado pela Dra. Maria Terrell, catedrática de cálculo na Universidade Cornell3: antes do encontro ela coloca na Internet questionamentos que produz inquietações sobre o tema a ser estudado ou sobre os problemas a serem discutidos e até, se possível, resolvidos; as referidas indagações poderão também provir dos alunos para registrar com transparência todos os significados que naturalmente serão muito diversos.
Um encontro planejado dessa forma representa um compromisso e uma interatividade entre colegas e certamente discussões positivas para reinventar soluções ou novas respostas ao problema. Finalmente, se houver tempo, alguns alunos apresentarão no quadro ou no relatório das aulas as soluções que provocarão destaque.

É importante constatar que essas aulas são presenciais e sem o auxílio do meio digital. Sem dúvida, essa interação seria muito mais eficiente e participativa com o auxílio das mídias digitais, usando facebook, My Space, ou outro tipo de site de grupo colaborativo.

Não há dúvida que a mediação é uma interatividade muito dinâmica de comunicação para alunos dos sistemas presencial ou a distância. Conforme afirmou Wertsch [21], a mediação exige mudanças nos modos aprender e de ensinar.
Já se foi o tempo em que os alunos e estudantes estavam dispostos a seguir ou prestar a atenção a uma aula de estilo clássico, em que o professor se colocava como central, como o orientador dos seus alunos. Referimo-nos aos docentes que orientavam seus discípulos para que seguissem as rotas que eles, mestres, impunham a seus alunos. Os novos estudantes não aceitam e não conseguem aprender desse modo. 

Eis onde podemos dizer algo sobre a postura de Jacques Rancière (2002), se considerarmos as comunidades de prática como locus de aprendizagem, podemos dizer que nessas comunidades a aprendizagem é algo que se processa como mediação. É necessário que se tenha em mente que a mediação aqui considerada não é um tipo de mediação socrática como no caso do Mênon [22], em que o escravo é conduzido a demonstrar o teorema de Pitágoras ao responder as perguntas que lhe são feitas. Na mediação das comunidades de prática não há nenhum membro que seria o condutor dos outros participantes.

O método socrático da interrogação que pretende conduzir o aluno a seu próprio saber, é de fato de um amestrador de cavalos. ‘Ele comanda as evoluções, as marchas e contramarchas. De sua parte, conserva o repouso e a dignidade do comando durante o manejo do espírito que está dirigindo. De desvios em desvios, o espírito chega a um fim que não havia entrevisto quando da partida. Ele se espanta, se volta, percebe seu guia, o espanto se transforma em admiração e o embrutece. O aluno sente que, sozinho e abandonado a si mesmo, ele não teria seguido essa rota’ (Enseinement naturel. Droit et philosophie panécastique. Paris, 1838, p. 41, apud RANCIÈRE, 1985, p. 69).
Tratemos, pois, das ideias pedagógicas de Jacotot, autor do texto citado. Como muito bem analisa Jacques Rancière em o Mestre ignorante (p. 9-15) o professor que se coloca numa postura socrática parte de uma situação de desigualdade ou confirma a desigualdade existente no contexto sociocultural. O professor se põe como aquele que deve explicar ao aluno o que, o como e o que aprender. Numa palavra, orienta, como escreve Platão, diz que o discípulo já possui a visão, mas é preciso que lhe indique para onde olhar [23, livros VI e VII]. É o mestre que sabe onde está a paisagem e como deve ser vista, isto é, vista de sua perspectiva, que lhe confere a expertise de ser docente. Consagra-se desse modo a desigualdade desde o momento em que se pretende estabelecer a igualdade entre todos (porque a falta de saber os faria desiguais).

Como proceder então? A resposta pode ser encontrada no uso das comunidades de prática. Para isso, iniciamos em explicar um pouco mais o que Wenger, Lave [24]e outros entendem por aprendizagem.
Em geral, como já foi assinalado pensa-se na mediação semelhante à de Platão. Mas esse paradigma, embora seja aceito por algum não convém às comunidades de prática. Parece-nos que antes de analisar a posição de Wenger, seria útil fazer no Mênon (2001) e no Teeteto [25].
Parece-nos oportuno apresentar a experiência de Joseph Jacotot analisada como ponto de referência de J. Rancière. Segundo Jacotot, um ignorante pode lecionar qualquer coisa a alunos que têm uma inteligência a serviço da vontade.

O professor não tem nada a ensinar: resta saber se os alunos querem aprender. A aprendizagem é uma atividade que se faz em primeira pessoa. Ora, nas Comunidades de Prática os participantes periféricos aprendem na medida em que estão dispostos a comunicar seus conhecimentos (não suas informações) aos outros e se querem também usufruir da partilha que os outros participantes da comunidade lhe põem à disposição. Uma Comunidade de Prática não é um site livre: é um locus onde as pessoas querem aprender.

CONCLUSÃO
Sabe-se sobejamente que os alunos pouco aprendem em sala de aula, ou melhor dito, que poucos alunos aprendem com as aulas tradicionais ministradas do modo tradicional. Basta que tentemos nos lembrar do que aprendemos quando estávamos no curso científico ou no 2º grau ou mesmo nas universidades. Por quê? Porque simplesmente os conteúdos pouco tinham a ver com a nossa realidade: eram conteúdos que os mestres ministravam sem perguntar aos alunos o que desejariam ou precisariam aprender. Apenas cumpriam-se as diretrizes curriculares gestadas por profissionais que viviam no mundo etéreo do acadêmico, de costas para a realidade. Pregavam no deserto dos alunos sonolentos ou indiferentes.
Ao passo que uma Comunidade de Prática é construída de membros que estão interessados em aprender o que precisam saber para melhor desempenhar suas funções do dia a dia.
Oxalá os professores estejam dispostos a usar esse modo para se comunicar ou se conectar com seus alunos. Experiências são feitas já no ensino médio em Portugal. Nisso, as escolas deveriam imitar o que muitas empresas fazem já há muito tempo.

O 3º People.NET in Education: Congresso de Redes Sociais Aplicadas à Educação será realizada dia 05 de Dezembro, às 08h, no auditório da Faculdade Rio Branco em São Paulo/SP. Alexandre Campos Silva, Jose Manuel Moran, José Armando Valente,  além de outras autoridades em Redes Sociais Aplicadas à Educação, estarão abordando questões sobre o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação e suas diferentes abordagens.





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